quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

#Resenha - YouCat: Update! Confissão - Vários autores #Catholicpost

E a pilha de livros pra ler tá lá...

       Oi pessoal! Como estão vocês? Bom, eu estou só na correria esse fim de ano, mas conforme prometido no último post, eis a resenha do livro YouCat: Update! Confissão.
         Enquanto estava dando uma olhada no meu painel do Blogger, acabei vendo que tinha deixado "pendurada" no começo do ano uma resenha sobre esse livro, que chegou pra mim no final do ano passado, juntamente com o DoCat: A Doutrina Social da Igreja para os jovens (vai ter resenha dele por aqui também, mas não por agora), mas como isso aconteceu junto com os últimos acertos do meu TCC (que se a faculdade tiver disponibilizado em sua biblioteca virtual eu dou uma atualizada aqui com o link), achei que daria mais certo ler e escrever sobre ele no começo desse ano. Como vocês devem ter notado, acabou que esse ano não escrevi absolutamente nada, apesar de ter terminado esse livro. Esse ano aliás, deve ter sido o ano em que eu mais interrompi leituras por motivos fúteis de todos os tempos, e foram tantas que até perdi a conta de quantas eram. Estou começando a repensar minha postura sobre a meta de leitura do Skoob e adotá-la ano que vem, porque me parece que vou precisar se quiser fazer um detox digital... Mas chega de enrolação, e vamos à resenha.
         Para início de conversa, eu tenho o YouCat também, e como achei a proposta interessante, procurei os outros livros dessa mesma linha, e esse pequeno - tanto em tamanho, quanto em quantidade de páginas, que são 86 - livro sobre a Confissão foi um dos primeiros que consegui comprar. E digamos que foi uma compra que valeu a pena. Não só por causa do conteúdo, mas também pela edição primorosa - característica da chamada "Família YouCat" - que apresenta capa firme e uma parte visual bem agradável, com ilustrações e fotos. Mas a primeira pergunta é: O que é a Confissão? Por que um livro sobre ela? E por que um livro que fala sobre Confissão tem a palavra "Update" junto? O que uma coisa tem a ver com a outra?
           A Confissão, para aqueles que não conhecem o Catolicismo, não é apenas um "contar para alguém tão falível quanto eu os meus erros e  pedir que essa pessoa me perdoe em nome de Deus". A Confissão é um sacramento, isto é, um sinal deixado por Cristo para que nos voltemos à Ele. O da Confissão, assim como os demais, possui embasamento bíblico, mais precisamente as passagens de João, Capítulo 20, versículo 23, e principalmente a de Mateus, Capítulo 16, versículos 18 e 19. Isto porque nestas duas passagens Cristo dá aos seus apóstolos, isto é, seus sucessores, o poder de perdoar os pecados. E como vemos em Atos dos Apóstolos, fez-se necessário que os apóstolos designassem pessoas, tal como Cristo os designara, para cumprir suas funções onde eles não pudessem estar (e da mesma forma, pessoas para substituí-los após sua morte), sendo que dentre estas funções está justamente a de perdoar os pecados. E como bem sabemos, da mesma forma que você não pode perdoar uma ofensa que não conhece, os apóstolos e seus sucessores não podem perdoar os pecados sem que estes não fossem conhecidos, que é de onde surgiu a Confissão que, por motivos óbvios, é algo entre quem está confessando e quem está ouvindo a Confissão. O padre é falível? Sim, tanto quanto você. Mas se formos traçar a origem da autoridade que foi conferida àquele padre para isso - e que não foi conferida à você que está lendo esta postagem, a menos que você também seja padre -, com toda a certeza chegaremos a pelo menos um dos Doze, que recebeu esta mesma autoridade de ninguém mais ninguém menos que o próprio Cristo #dealwithit
          O livro em si não fala apenas sobre o que é a Confissão - que, em linhas gerais, é um recomeço em nossa relação com Deus quando, por descuido, ou por orgulho, ou por qualquer outro motivo, estragamos essa relação, por isso a associação com Update, que significa atualizar - mas também conta sobre seus efeitos, como funciona, e como fazer uma boa confissão. É interessante também o fato de que acompanha um guia para fazer um bom exame de consciência e orações para nos auxiliar na Confissão, coisa que muitos de nós católicos simplesmente desconhecemos (alô catequistas!) e que, digo por experiência própria, são muito úteis. Além disso, há algumas histórias no mínimo interessantes envolvendo este sacramento, como por exemplo, a existência das chamadas Night Fevers (que apesar de poderem ser traduzidas como "Noites da Febre", estão mais para "Noites de Fé"), onde, dentre outras coisas, há a presença de padres atendendo confissões, e, pasemem (ou não), esse é um evento de jovens, bem como orientações para que possamos avaliar nossa relação com Deus e onde estamos errando e acertando nela, e de forma geral, este livro cumpre seu propósito de orientação, além de nos trazer bastante esperança.
          Sobre o "porquê de se fazer um livro sobre a Confissão", acredito que seja necessário porque este assunto, de forma geral, gera bastante dúvida tanto nos católicos quanto nos não-católicos, e para os primeiros, estas dúvidas geram grandes saias justas, pois se até um advogado precisa conhecer seu cliente para defendê-lo, como um católico vai defender sua fé se não a conhece? Ou pior: como um católico vai ser católico se não conhece sua própria fé? E bem sabemos que há padres e catequistas bastante descuidados nesses assuntos, infelizmente. Portanto, um livro sobre este sacramento é de vital importância para nós, católicos, porque nos possibilita conhecermos nossa fé e sabermos o que raios estamos fazendo neste mundo. Virou um livro de cabeceira meu, e acredito sinceramente que se tornará o seu também após a leitura.
         Um abraço, e até mais!


P.S.: Se alguém de vocês já foi em uma Night Fever, por gentileza compartilhe a experiência! Será bastante interessante para aqueles que, como eu, se interessam.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Sobre Telefones e Livros

É uma relação bem harmoniosa, #sqn 

       Olá, pessoal! Como estão? Espero que bem. Primeiramente, gostaria de pedir perdão pela minha ausência. Esse ano eu "levei na pinguela", como dizemos por aqui, praticamente tudo. As únicas coisas realmente "importantes" que fiz esse ano foram tirar carteira e resolver dar aulas de inglês, presencial ou via Skype, adaptadas às diversas rotinas e necessidades das pessoas.
      "Ah" - vocês podem dizer - "Mas quem disse que não dá pra ler nada?". E é aí que entra o post de hoje. Creio que muitos de vocês, assim como eu, possuem um smartphone. E, assim como eu, creio que vocês também passem muito tempo com ele, mais até do que o saudável. Isto mesmo que vocês estão lendo aqui, talvez até mesmo de seu smartphone: passamos mais tempo em frente ao bendito do que o normal. A frase "desligue a TV e vá ler um livro" deveria ser substituída por "largue o telefone e vá ler um livro". É o que estou tentando fazer. Mas não estou sozinha. O Wagner Brenner, do Update or Die também passa por isso, assim como a pessoa do grupo Skoob - O que você anda lendo? (ou seria do Devoradores de Livros? Agora também não lembro...), que postou o texto para nós. Texto esse que reproduzo na íntegra aqui. O link pro site está no fim da postagem.
A propósito, descobri que tinha deixado nos rascunhos do blog, ainda no começo do ano, uma resenha sobre o livro "YouCat: Update! Confissão", mas mesmo tendo terminado de ler esse livro ainda no começo do ano, eu não consegui elaborar nada, mas até o fim do ano sai, vou ler novamente e faço a resenha. No mais, segue o texto do Update or Die:

Socorro, não consigo mais ler livros.

Sou um leitor, desde que me entendo por gente. Sempre li muito. E continuo lendo. Mas de uns anos para cá, me alimentar compulsivamente de internet tem causado um efeito colateral que ainda não consigo explicar muito bem.
Só sei que agora, toda vez que pego um livro nas mãos, não consigo ler, canso rápido. Se o texto não “embala” logo, preciso de muito esforço para continuar com a leitura. E não é só com o livro de papel. A mesma coisa acontece com o livro digital. Não tem nada a ver com o tipo de apoio. Tem a ver com a extensão do texto.
Essa situação tem me deixado angustiado. Será que desaprendi a ler? Será que fiquei preguiçoso? Será que agora só consigo ler coisas curtinhas e, de preferência, com uns links? Acho que não. Na verdade, nunca li tanto como agora. Passo o dia inteiro lendo. Mas leio cacos, fragmentos.
Sim, o efeito é conhecido e foi previsto anos atrás.
Sai o disco, entra a música.
Sai o filme, entra a série.
Sai a série, entra o curta do Youtube.
Sai a mesa de bar, entra o Facebook.
Sai o livro, entra o post, o artigo.
Tudo o que era consumido em pacote-família, em tabletão, agora é consumido em formato M&M’s.
A gente já sabia que isso acontecer, faz tempo. Mas o que eu ainda não tinha sentido na pele é que esse fenômeno do snack culture iria me TIRAR algo e me IMPEDIR de ler textos longos. Porque uma coisa é você perceber que existe uma nova maneira de ler (circular e não linear) e passar a usá-la.
Outra coisa é você perder sua capacidade de concentração.
Eu queria adicionar o jeito novo, mas não queria perder o jeito velho.
A internet causou em mim, e talvez em você, uma diminuição na atenção, um efeito similar ao do Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH). Não que essa dificuldade de concentração seja um TDAH (que é neuro-biológico e tem causas genéticas), mas tem essa característica em comum. Aliás, os próprios parâmetros de diagnóstico de TDAH tem sido frequentemente revistos justamente por conta dessa alteração de comportamento, especialmente em escolas.
Já tentei de tudo, busquei aquelas ficções bacanas, cheias de escapismo, com viagens para lugares distantes, coisas que eu devorava durante a adolescência…mas 10 minutos depois o que escapa é minha atenção mesmo.
Fico voltando para o começo do parágrafo, sabe? Nem a biografia do Steve Jobs eu consegui terminar.
Fico repetindo para o autor “vai, já entendi, conta logo, pára de enrolar”.
Esse é outro sintoma: fiquei mais factual e perco fácil a paciência com aquela fase de contextualização e envolvimento com os personagens.
Meu kindle tem, neste exato momento, a ridícula marca de 18 livros iniciados.
Estou fazendo com eles a mesma coisa que faço com as músicas no meu iPhone, que fatalmente acabam tomando uma “skipada” depois de alguns segundos (tirando as do Zappa, que felizmente ainda ouço cada nota com prazer até o fim). Pô, eu ouvia aqueles álbuns inteiros do Pink Floyd… agora isso seria inimaginável.
Sei que isso tudo soa como algo ruim, mas nem isso eu tenho certeza.
A civilização humana já passou por isso muito antes da internet, por exemplo quando passamos da comunicação exclusivamente oral e acrescentamos a escrita. Colocar conteúdo por escrito livrou nossa memória e permitiu textos bem mais longos e precisos. Agora estamos de volta aos conteúdos curtos, mas ainda mais precisos. E, se um dia desenvolvermos a telepatia, certamente as palavras vão nos parecer ineficientes demais. Formas diferentes de trocar conteúdos, histórias.
Enfim, um post pouco conclusivo, mais desabafo mesmo, para ver se tem mais gente nesse barco.
Estou assustado por não conseguir mais ler um livro inteiro.


terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Sobre expectativas


      Olá a todos! Primeiro de tudo, um Feliz Natal e um Ano Novo relativamente atrasados. A minha ausência do blog se resume na minha formatura, o caminho até lá, e falta de disposição para sentar e ler um bom livro, o que complica para falar alguma coisa aqui. Sobre esse último, já entrou para a lista de resoluções de 2017 (vejam que não é "lista de promessas", é "resoluções", "coisas que serão efetivamente feitas") dar um jeito de largar o telefone de lado pra poder realmente ler alguma coisa, mas vou falar disso  ainda neste post.
      O fato é que o meu planejamento efetivo de vida terminava na formatura. Até a formatura, planejei - e corri atrás - de muita coisa. Mas agora, não tenho nenhum plano desse quilate. Nenhum que possa definir a minha vida e que dependa única e exclusivamente da minha pessoa, tal como a formação acadêmica. Sim, porque como a minha vocação não é religiosa, para ser algo que dependa, neste mundo, mais de mim do que dos outros, então dependo de outra pessoa para concretizá-la - e com isso, definir minha vida de vez -, uma vez que casamento não se faz sozinho (fica a dica pra você que carrega o relacionamento nas costas 99% do tempo e acha que se casar conserta, ou que está mais empolgado(a) em se casar do que a(o) namorada(o) e acha que você resolvendo é o que importa. Não é bem assim não, viu?). Até você se formar, você vai planejando sua vida. E depois?
      A grande verdade disso é que esse "depois" é exatamente aquilo que você sonha aos 18, mas de uma forma um pouco menos romântica. Você já se formou em alguma coisa, aprendeu alguma profissão - ou pelo menos aprendeu a ser mais maduro - já cumpriu essa obrigação social (porque, convenhamos, quando você está no final do Ensino Médio, ninguém quer saber o que realmente te fará realizado, querem é que você passe no vestibular e se forme e pronto. Se for Medicina, Engenharia ou Direito então, melhor ainda, você é o tesourinho da família, ainda que a última coisa que você queira na vida seja plantões de madrugada, cálculos complexos ou mandar sua ética à merda em várias situações se quiser sobreviver), agora você pode fazer o que você quiser da sua vida. Mas agora, o que você quer é conseguir pagar as contas do mês e não se endividar demais. Você quer poder bancar suas farras com os amigos e as viagens com a turma sem que isso te arrebente financeira e profissionalmente. Você não é mais aquela criatura de 18 anos que acha que é adulto e que quer "curtir a vida adoidado". Você tem certeza de que você tem muito o que aprender com a vida e quer "curtir a vida responsavelmente". Esse "depois" é quando você começa a viver de fato a sua vida, quando todas as suas expectativas de futuro estão ali na sua frente, e cabe a você vivê-las ou não de acordo com o cenário e a sua postura frente a ele. Principalmente porque quando isso acontece, você já não é mais aquela pessoa que criou primeiro as expectativas. E mesmo que seja, o cenário nem sempre é o mesmo de quando você criou essas benditas
       Se você virasse para a Fernanda que há 4 anos atrás passou em Administração no IFMG de Formiga e que migrou para a PUC Arcos porque não tinha como estudar em tempo integral, como era o curso do IFMG, e também porque sempre quis a PUC mesmo, e dissesse para ela que durante esses quatro anos ela iria quebrar bastante a cara no amor, mas que no penúltimo ano de faculdade iria achar alguém que iria fazer valer a pena cada esforço que ela fizesse, e ainda iria ensiná-la que realmente amor é decisão (porque mesmo essa pessoa valendo a pena, a Fernanda ainda iria ter aquelas fases de isolamento social, e essa pessoa iria atrapalhar essa fase mesmo sem querer), ela não iria acreditar. Muito menos que logo no final do primeiro ano de faculdade ela iria mandar a Umbanda à PQP e se tornar católica, e que a vida dela não iria virar uma merda por isso, como na Umbanda costumam dizer, muito pelo contrário, a vida da Fernanda realmente iria pra frente. E que apesar de todos os escrúpulos, a Fernanda ainda iria colar e passar cola umas 3 vezes durante os 4 anos da faculdade, e ainda iria receber para fazer trabalhos para os outros (e tomar uns bons canos com isso). Menos ainda que ela iria desistir da música por um tempo, entrar em depressão, conhecer o inferno na Terra, mas que nos 45 do segundo tempo esse jogo iria virar. Ela também iria duvidar seriamente que em algum momento da vida, iria gastar mais do que ganha e ainda desenvolver algumas habilidades que sonhara na infância, tais como a costura. E com certeza ficaria horrorizada se dissessem a ela que em quatro anos ela afirmaria que era uma pirralha metida a besta quando entrou na faculdade. Mas sabem por que? Porque essa Fernanda que entrou na PUC há 4 anos atrás, não é essa que está escrevendo para vocês. Essa que vos escreve tem plena consciência de que o caminho é longo, que a Confissão vai dar uma help das boas, e que por mais ela tivesse acreditado que esses quatro anos não valeram a pena, quando ela finalmente pegou o canudo (porque o diploma o MEC só libera no ano seguinte, sabe-se lá quando), entendeu que fez o melhor que conseguiu fazer.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

#Resenha - Como Rezar Bem o Rosário, de Dom Miguel M Giambelli - #Catholicpost

     
"O Santo Rosário é a arma daqueles que querem vencer todas as batalhas" - São Padre Pio de Pietrelcina
  
   Quem diria que a primeira resenha literária desse blog seria justamente um #Catholicpost, hein? Bom, aproveitando que o mês Mariano já está quase no fim, e que eu não poderia deixar passar em branco, vou falar sobre esse livro de Dom Miguel M Giambelli, o Como Rezar Bem o Rosário. Essa resenha está diretamente ligada ao #Catholicpost porque para entender um pouco sobre esse livro, é necessário contextualizar seu tema, que nesse caso significa falar da fé católica primeiro. Dito isso, vamos lá.
     Para começo de conversa: a oração do Rosário é uma das mais antigas da Igreja, e em boa parte das aparições de Nossa Senhora (digo boa parte porque não tenho certeza se são todas) Ela pede para que essa oração seja recitada. Nas aparições de Fátima essa tecla foi tão batida que é praticamente impossível para um católico que conhece alguma coisa sobre sua Fé não relacionar o Rosário à Fátima. No entanto, há muitos que não fazem esta oração por acreditarem que "é repetitiva", "é monótona", "é grande demais", "não tem Jesus em seu centro, então não é tão efetiva" (Protestantismo feelings detected), etc. Então, para aqueles que não oram o Rosário, vou esclarecer alguns pontinhos:

     _"é repetitiva", "é monótona" - E assistir todo dia os mesmos programas na TV não é repetitivo não? Comer arroz com feijão no almoço e na janta, ir ao trabalho todo dia, entre outros, não é não? E mesmo assim você faz, não é? Então por que cargas d'água não rezar???? 

     _"é grande demais" - Realmente, rezar um Rosário, Rosário mesmo gasta uma hora e não é fácil. Digo por experiência própria, existem momentos em que o Rosário parece imenso, embora tenha lógica ser grande porque ele é um resumo dos 33 anos de vida de Jesus Cristo. (Daqui a pouquinho explico isso), mas raciocinem comigo: considerando que o Encardido (palavras do Padre Léo SCJ, não minhas!) não gosta de oração, então tudo o que for possível para nos impedir de rezar, ele fará. E pra ele implicar e colocar empecilho principalmente nessa, é porque com certeza é a que ele mais odeia. Mais um motivo pra rezar. Aliás, Nossa Senhora já previa isso lá em 1917, em Fátima, quando disse "Rezem o Terço todos os dias". O Terço é a terça parte (ou quarta, se considerarmos os Mistérios Luminosos, SUGERIDOS por São João Paulo II em sua Encíclica Rosarium Virginis Mariae, de 2002, disponível aqui) do Rosário, e é composto por 5 Mistérios. 5 por dia é bem mais fácil do que 15/20, não?

     _"não tem Jesus em seu centro, então não é tão efetiva" - OK, essa aqui realmente é pesada. Somente se você não for uma criatura minimamente atenta pra usar essa como desculpa. Primeiro porque se você é católico deve saber que a Mãe de Deus está em tudo submissa ao próprio Deus, então não diria/faria ABSOLUTAMENTE NADA - ao contrário de nós - que Ele não quisesse/permitisse. Então se essa oração foi pedida por Ela (antes que me venham com um "vocês adoram Maria", me refiro a Ela com letra maiúscula, porque depois do próprio Deus, Ela é extremamente importante, e muito, mais muito - desculpem o termo - foda.), o próprio Deus deve estar de acordo, não é? Muito bem, e segundo por que o seguinte:

  • Primeiro Mistério Gozoso: A Anunciação - Maria é a protagonista
  • Segundo Mistério Gozoso: A Visitação - Maria é a protagonista
  • Terceiro Mistério Gozoso: O Nascimento de Jesus - Jesus é o protagonista
  • Quarto Mistério Gozoso: A Apresentação do Menino Jesus - Jesus é o protagonista e Maria é coadjuvante
  • Quinto Mistério Gozoso: A Perda e o Encontro do Menino Jesus no Templo - Jesus é o protagonista e Maria é a coadjuvante
     Desses 5 Mistérios, Maria protagoniza apenas 2. No Rosário tradicional, seriam 2/15, e no adotado por muitos atualmente, 2/20

  • Primeiro Mistério Luminoso: O Batismo no Jordão - Jesus é o protagonista, João Batista é o coadjuvante, e Maria nem lá estava
  • Segundo Mistério Luminoso: A Revelação nas Bodas de Caná - Jesus é o protagonista e Maria é a coadjuvante
  • Terceiro Mistério Luminoso: O Anúncio do Reino de Deus e o Convite à Conversão - Jesus é o protagonista, e Maria nem estava lá
  • Quarto Mistério Luminoso: A Transfiguração no Monte Tabor - Jesus é o protagonista, Pedro, Tiago e João são os coadjuvantes, e Maria nem estava lá
  • Quinto Mistério Luminoso: A Instituição da Eucaristia - Jesus é o protagonista, os apóstolos são os coadjuvantes, e Maria nem estava lá.
     Desses 5 Mistérios, Maria não protagoniza nenhum. Continuamos com 2/20 (no Rosário tradicional, esses Mistérios não contam. Eu rezo o tradicional, acho mais coerente e talz...)

  • Primeiro Mistério Doloroso: A Agonia de Jesus no Horto das Oliveiras - Jesus é o protagonista.
  • Segundo Mistério Doloroso: A Flagelação de Jesus - Jesus é o protagonista e os algozes são os antagonistas
  • Terceiro Mistério Doloroso: A Coroação de Espinhos - Jesus é o protagonista
  • Quarto Mistério Doloroso: O Caminho para o Calvário - Jesus é o protagonista
  • Quinto Mistério Doloroso: A Crucificação de Jesus - Jesus é o protagonista, Maria e João Evangelista são os coadjuvantes
      Desses 5 Mistérios, Maria protagoniza nenhum. Continuamos com 2/20 no atual, e 2/15 no tradicional.
  • Primeiro Mistério Glorioso: A Ressurreição de Jesus - Jesus é o protagonista
  • Segundo Mistério Glorioso: A Ascensão de Jesus - Jesus é o protagonista
  • Terceiro Mistério Glorioso: O Pentecostes - o Espírito Santo é o protagonista, e Maria e os apóstolos são coadjuvantes
  • Quarto Mistério Glorioso: A Assunção de Maria - Maria é a protagonista
  • Quinto Mistério Glorioso: A Coroação de Maria - Maria é a protagonista
     Desses 5 Mistérios, Maria protagoniza 2. Somando com os outros 2, temos 4/20 no Rosário atual e 4/15 no tradicional.
     Por que eu fiz essa listinha acima? Pra mostrar que se somarmos todos os eventos em que Maria é protagonista no Rosário, não dá nem mesmo um Terço, então essa história de que "não tem Jesus em seu centro, então não é efetiva" só cola se você for muito desatento e sem lógica.
     Dito isto, vamos ao livro. Não me espantei com o tamanho dele, mas com a capa fininha que te dá a certeza de que vai rasgar a qualquer momento. Achei impressionante serem tão poucas páginas dada a extensão que o assunto pode adquirir, mas isso se deve mais às expectativas que criei do que ao texto em si. É um manual sobre como rezar o Rosário de forma a meditá-lo de fato, incluindo os Mistérios Luminosos (que não são obrigatórios, vale ressaltar, antes que algum catolicrente, ou algo que o valha, extremamente apegado às formas da Tradição venha dizer que não se deve rezar esses Mistérios), e englobando todos aspectos da oração, isto é, a Contemplação, a Adoração, o Arrepender-se dos pecados, e o Pedir. Não sabia desses quatro aspectos da oração, e a leitura foi bastante enriquecedora, principalmente sobre conversão (tô tentando marcar uma confissão, mas tá difícil...). Já fiz uso do método para rezar e digo que funciona, embora esteja pensando em combinar esse método com o de São Luís Maria Gringon de Montfort (eu ainda vou falar dele, mas não agora, não hoje), que também é muito interessante. 
     Recomendo a leitura do livro, nota 10. Minha única reclamação é: Canção Nova, que que deu na cabeça de vocês pra usar um material tão ruim pra capa? Por que não usaram o mesmo material da capa dos Devocionários, que é um material resistente? Tive que fazer uma senhora gambiarra aqui pra deixar a capa minimamente resistente...
     Bom, é isso. Talvez um dia eu faça um post falando sobre o Rosário e o meu relacionamento com ele, mas "esse dia não é hoje". 

Fiquem com Deus!


P.S.: O marcador eu fiz especialmente pra esse livro. Dei o carinhoso apelido de "marcador perpétuo", porque é o marcador que vai ficar só nesse livro. Se alguém quiser, me avise que disponibilizo aqui!

P.S. 2: Sobre os nomes dos Mistérios: Gozosos, porque falam da alegria da vinda do Salvador; Luminosos, porque falam da vida pública do Salvador, Luz do mundo; Dolorosos, porque falam das dores de Jesus; e Gloriosos, porque falam da glória de Deus manifestada no mundo.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Surpresas Literárias

E adivinha o que tava me esperando hoje, na hora do almoço?

Olá, pessoal! Como vão? Para quem viu no Instagram que eu ia postar algo relacionado à chapéus e talz, não se preocupem, ainda vou postar, só preciso de tempo, que é algo que nenhum estudante de faculdade em fim de período que eu conheça (que sou eu agora) tem disponível, mas em breve cumpro minha promessa. Esse post é pequeno, mas vale o acesso.

Quem compra livros pela internet, ou já precisou fazer isso alguma vez na vida sabe do que vou falar: a espera e as surpresas literárias. Por mais que você esteja preparado para que seu(s) livro(s) chegue(m), quando ele(s) realmente chega(m), você não está esperando. Mesmo que você tenha um número de rastreio dos correios, da transportadora, o raio que seja, nunca chega quando você está esperando. Seja porque atrasou e você já não tinha muita esperança de receber tão cedo, seja porque chegou antes da data prevista (a maioria dos sites joga uma data lá pro raio que o parta de propósito, aquela data em geral excede bastante o prazo máximo de entrega, mas isso é uma estratégia pra ninguém falar que entregam com atraso), ou seja porque mesmo sabendo, tendo a certeza que ia chegar naquele dia, não foi capaz de prever o horário, ou estava ocupado com alguma outra coisa.

E quando chega(m), você imediatamente é transportado para um outro mundo. Um mundo em que, bem ou mal, você detém o controle da situação. Um mundo criado e escolhido por você. Pelo menos na maioria das vezes. Vai que você comprou o livro porque precisava de fazer um trabalho na faculdade, e todos os exemplares disponíveis já estão emprestados, sem previsão de entrega (acreditem, já aconteceu comigo, e quanto maior a turma, maior a probabilidade de isso acontecer)... Mas na maioria dos casos, você compra o livro porque quer. Porque gosta da história, ou da capa, ou dos dois. Porque quer conhecer a história e não tem muita paciência para os exemplares surrados da biblioteca (a propósito, gostaria de deixar claro uma exortação aos usuários de bibliotecas públicas: TRATEM COM CARINHO OS LIVROS! Não tem nada que dói mais do que pegar um livro e ver que fizeram mais orelhas de burro no exemplar do que não sei o que, e/ou encontrar uma lombada torta, capa estragada, folhas manchadas... Não sei se muitos sabem, mas livros de biblioteca pública são patrimônio público, logo, todos vão usar e todos vão querer que esteja em bom estado de conservação, e quando digo todos, digo você também, caro leitor), porque um amigo indicou... Quando você pega um livro novo e seu, nas mãos, é um momento mágico, que realmente melhora o seu dia.

Esses dois são de uma compra que fiz recentemente. Como são pequenos - e estou ansiosa para lê-los - creio que será possível (finalmente) fazer uma resenha aqui nesse blog. Como podem ver, são livros católicos, mas são livros que muito me interessam (o do Rosário estava querendo há eras...), e creio que vocês gostarão da resenha. Como esses livros são específicos do catolicismo, vou usar a tag #Catholicpost para identificá-los, uma vez que entrarão mais no campo religioso do que literário propriamente dito.

Até breve! 

terça-feira, 29 de março de 2016

Sobre metas de leitura...

Depois de muitas brigas, essa é a minha "meta de leitura" no Skoob para 2016...


     Olá, pessoal! Como vão? Sei que o fluxo tem aumentado um pouco por aqui desde que criei uma página no Face pro Café, e peço desculpas pela demora. Já mudei o livro sobre o qual pretendo falar umas três ou quatro vezes, e assim que eu conseguir me livrar do ciclo vicioso "começar a ler-viajar para uma dimensão paralela-voltar à leitura-não entender nada-começar a ler de novo", conseguirei fazer uma postagem decente sobre algum livro. Mas a postagem de hoje não é de todo estranha aos livros. Na verdade, é bem relacionada a livros... E a experiências.

     Bom, como já coloquei nos "Links amigos", eu tenho um perfil no Skoob. O Skoob, pra quem não sabe, é uma espécie de Facebook dos leitores, onde você posta os livros que já leu, os que tem, os que quer trocar, os que quer adquirir, os que está lendo e os que está relendo. Além disso, sempre que as editoras realizam sorteios de livros, a chamada cortesia mentira, isso é estratégia de marketing das editoras, você tem chances de ganhar um livro (OBS: Nunca ganhei nenhum, mas quem sabe um dia...). É interessante, você consegue ter uma noção do quanto você já leu na sua vida, quantos livros você realmente quer, acompanha o progresso de leitura/releitura dos livros, e pode compartilhar com as pessoas suas opiniões acerca dele durante a leitura, mas tem também o motivo do post de hoje: A Meta de Leitura!

     Todo mundo sabe mais ou menos o que é uma meta, mas aproveitando o gancho desse termo com a Administração, aí vai o que é uma meta: É um marco, um pequeno objetivo, que se conquista na busca por um objetivo maior. Tal como colocar R$100,00 na poupança em Janeiro, e definir que irá depositar R$100,00 mensais, para até Dezembro ter colocado R$1.200,00 nesta caderneta. Com isso, podemos concluir que metas servem para atingir um objetivo. Mas qual o objetivo que impulsiona alguém a estabelecer uma meta de leitura para o ano, como é a do Skoob? Entendo que estabelecer metas de "ler x livros no ano" pode ser bom para aqueles que querem sair da média de leitura brasileira, de 3 a 4 livros por ano, no máximo, mas por que definir QUAIS seriam esses livros?

     Explico: Todos nós sentimos vontades na vida, seja de fazer algo, comer algo, falar algo... Enfim, o ser humano é um ser de vontades conscientes. Falo isso porque não podemos nos esquecer dos instintos, os quais muitas vezes são chamados de vontades, mas não é sobre eles que estou falando, estou falando de algo um pouco mais racional, como QUERER comer uma fatia de pizza de calabresa, mesmo que um prato de arroz com feijão consiga saciar sua fome naquele momento, entendem? Partindo desse pressuposto, também sentimos vontade de ler certas coisas em detrimento de outras. O que eu tenho vontade de ler hoje pode não ser o mesmo que eu tenha vontade de ler daqui um mês. Às vezes eu posso não ter a menor vontade de pegar em um livro, mas também ter dias de não querer fazer outra coisa senão ler. E quem estuda, ou se recorda bem dos tempos em que estudou, com certeza se lembra de quando o professor ou a professora pedia que se lesse determinado livro para uma prova, e como às vezes era penoso ler aquele livro, pelo simples fato de que não se queria ler aquele livro, ou não naquele momento, e, no caso de muitos leitores, o quão culpado você se sentia por ler outras coisas, que não aquele livro que você tinha que ler. Chegamos ao ponto: Em que sentido você se obrigar a ler um livro te faz ter vontade de ler? 

     Não que eu ache que a leitura de livros como Iracema (que, por sinal, foi um dos que tive que ler, e que foi um suplício, de tão maçante que achei a história, somado com o fato de ter uma prova sobre o livro no dia seguinte ao dia em que consegui um exemplar) deve ser abolida do sistema educacional. Muito ao contrário, acredito que sua abordagem deve ser diferente, para que os alunos tenham de fato interesse na literatura clássica, a qual fornece uma ótima base em termos de escrita para qualquer um, mas o ponto que quero ressaltar é de que você se forçar a ler livros A, B e C não faz com que você queira ler, pode ser que te cause o efeito contrário. Você não cria hábitos de leitura se obrigando a ler determinados livros, e dependendo da fase em que você está, isso pode te fazer perder completamente esse hábito.

     "Ah, mas os grupos de leitura, como o Devoradores tem os 'Desafios Literários'!" Calma lá. Existe uma pequena diferença entre os Desafios dos grupos e a Meta de Leitura do Skoob. Os Desafios são elaborados por quem já tem hábito de leitura e quer expandir seus horizontes literários, e quase sempre surgem depois de debate sobre fazer ou não um Desafio. Já a Meta de Leitura do Skoob está lá TODO DIA, O ANO INTEIRO. Mesmo que você não queira, você de certa forma vê aquilo por todo lado no site enquanto você navega por ele. Mesmo que nos Desafios você se obrigue a ler um tipo de livro diferente por mês, não tem a tal das medalhinhas de desempenho relacionados ao "cumprir a meta", como vocês podem ver na figura, no canto direito. Nos Desafios você lê o livro e dá sua nota, só isso e nada mais. Claro que você compartilha experiências de leitura e tudo o mais, mas mesmo assim, tem um objetivo de te expandir os horizontes literários, através da leitura de um livro de determinado assunto por mês, totalizando doze temas diferentes num ano... E de brincar entre amigos.

Bom, espero sinceramente que ninguém tenha se sentido ofendido com essa postagem,e gostaria de saber: o que vocês acham sobre Metas de Leitura? Estou aberta ao debate!

Fiquem com Deus, e manifestem-se!

terça-feira, 1 de março de 2016

Espresso, espresso...

Meu primeiro espresso, na BOVESPA, dois anos atrás

Boa tarde, meus caros! Como vão? Espero que estejam todos bem. Confesso que minha vontade era de começar falando de algum livro, mas como ainda não terminei a leitura, visto que estou lendo dois livros para o meu TCC, mais o livro sobre o qual pretendo falar, então está um pouco difícil falar de livros por enquanto. Por isso, resolvi começar falando sobre café mesmo. Ou melhor, sobre o famoso café espresso.
Como nativa de uma cidade do interior mineiro cuja principal atividade está voltada à agropecuária, e com três empresas, se não me engano, que trabalham com café, e tendo um histórico familiar de pessoas que viveram na roça a vida toda e que, dentre outras coisas, trabalhavam com café, desde pequena tenho contato com o grão, mas somente na adolescência que fui tomar algum gosto por café. Quando eu tinha doze anos aprendi a fazer café, da forma tradicional (coador, garrafa, pó de café...), por causa do serviço, mas até pouco tempo atrás eu tinha preferência pelo solúvel, em especial o cappuccino. Confesso que já tentei gostar de chá, mas, como já falei, há uma história muito forte entre eu e o café para eu realmente tomar gosto por chá. Algum dia em que eu estiver mais inspirada, talvez eu fale um pouco sobre como o hábito de tomar café é encarado por aqui, mas, nas palavras de Aragorn, “esse dia não é hoje” rs... Por hora, vou me ater ao meu relacionamento com a bebida.
Comecei a realmente gostar de café tem pouco tempo. Quando se trabalha o dia todo, se estuda à noite, e ainda tem uma vida social, alguma coisa você tem que fazer para não ficar dormindo em alguma dessas circunstâncias. Alguns vão para os energéticos, outros vão para remédios, outros desistem da vida social, e eu acabei indo pelo café mesmo. Existem algumas criaturas abençoadas que não precisam de nada para conciliar essas três coisas (trabalho, vida social, e estudo), mas eu não sou uma delas. Nem eu, nem alguns colegas de faculdade que vão para a faculdade no mesmo ônibus que eu. Mas falando sobre o café, já tinha ouvido falar em espresso há um tempo, mas a primeira vez em que me lembro de realmente ter tomado um foi em uma visita técnica da faculdade à BOVESPA, há dois anos. Achei mais forte que os tradicionais extraforte com que estamos acostumados aqui em casa, preparados no melhor estilo “levanta-defunto” (oito colheres de pó, para uma garrafa de café das grandes), e bem mais saboroso também. Mas até umas duas semanas atrás, achava que o tal do café espresso era coisa para pessoas com dinheiro o bastante para comprarem uma cafeteira do tipo Starbucks – ou uma Dolce Gusto – e que, definitivamente, era algo que eu só teria acesso se fosse parar em algum lugar como a BOVESPA – porque lá eram por volta de três reais, se não me engano, e temos gastos mais importantes a serem considerados. Até que (re)descobri a Cafeteira Italiana.
Não me lembro de porque cargas d’água eu resolvi remexer na Italiana que estava parada por aqui devia ter mais de cinco anos. Meu pai a comprou por alguma razão que não me recordo, talvez seja porque na casa da minha avó, mãe dele, tinha uma que eles usavam com alguma frequência, ou porque ele havia comprado uma para dar de presente à minha prima que iria se casar (uma das muitas primas que tenho, diga-se de passagem) e se lembrou dessa época da casa da minha avó, mas o fato é que quando ele comprou-a, minha mãe não quis usar, e acabou ficando pra mim mesmo. Fiz café nela uma única vez, e, não acostumada com o sabor forte que ela produz, acabei deixando de lado, até uns dias atrás, quando tirei a caixa empoeirada do armário.
Depois de tirar a cafeteira do armário, procurei na internet sobre sua origem, como fazer um bom café nela, e tudo o mais. Acabei descobrindo que ela foi criada para justamente fazer café espresso, e que apesar do modelo tradicional ser de alumínio (e que alguns alegam que deixa um gosto residual no café, mas isto não é unanimidade), existiam modelos em inox. Ambos os o modelos se apresentam com diversas capacidades, e apesar de a Bialetti ter sido a empesa criadora/comerciante desta maravilha em seu modelo tradicional em 1933, várias outras empresas também a fabricam. Também aprendi um pouco sobre o modo de preparo e o melhor pó a ser usado, embora o pó de café comum que compramos também dê certo. Com isso, coloquei a mão na massa. O primeiro café que fiz foi com o pó comum, e ficou com gosto de espresso mesmo. No entanto, no último fim de semana, em uma ida a um supermercado da cidade, acabei encontrando o pó para espresso a R$4,59. Considerando que até então eu achava que o café espresso de verdade era coisa pra rico, quando me deparei com isso resolvi que daria um jeito de comprar um pacote do pó espresso e fazer um café espresso em casa mesmo.
A oportunidade surgiu quando meu pai foi comprar folha A4 para a empresa nesse mesmo supermercado. Pedi pra ele comprar o pó, e quando ele chegou em casa e me entregou o pacote, lá fui eu fazer o café.

O MEU espresso rs... Não tem a "crema" pelo modo como preparei

De fato, é outra coisa. O sabor é outro, o efeito no corpo é outro, até o cheiro é outro. Posso até tomar o café tradicional de manhã cedo, mas quando eu chegar em casa depois do serviço, seja para o que for, sempre que der eu vou fazer um espresso pra mim, e pra quem mais quiser!
Fica a dica para quem quiser um café do tipo espresso em casa, sem precisar gastar no mínimo R$299,00 numa Dolce Gusto Automática (que provavelmente você só vai achar na internet, e esse valor é sem o frete), mais não sei quanto nas cápsulas que só fazem uma xícara. A Moka, como é conhecida a Cafeteira Italiana, custa uns R$79,00 mais ou menos na internet (a que faz no mínimo três xícaras), seu funcionamento é bem simples, e você pode usar qualquer pó de café, ou mesmo comprar o pó do espresso para fazer o café, que o gosto é de espresso MESMO. Só acredito que café solúvel não sirva para nenhuma delas, mas com um pouco de criatividade, dá pra fazer um cappuccino numa moka sem problemas...

Até a próxima!