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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

#Resenha - As Sete Lâmpadas da Santificação - João Paulo I e São João Paulo II #Catholicpost

      Olá a todos! Como estão? Espero que bem. Esse texto era para ter sido postado em meados de Janeiro, mas resolvi esperar um pouco antes de escrevê-lo, e... bom, o mês acabou e eu não escrevi. Mas cá estamos, então vamos lá!
      Esse livro me veio num combo que comprei na Black Friday da Ecclesiae, juntamente com o Teologia do Corpo - que já está na lista de leitura do ano, e que está entre os meus "desejados" há uns três anos, pelo menos - e um quadro de São João Paulo II, e sinceramente, era o último livro pelo qual eu me interessaria em ler. Nunca havia ouvido falar dele, e achava que não seria um livro tão interessante assim. Mas me equivoquei.
      Esse livro é uma compilação de catequeses proferidas por João Paulo I e São João Paulo II relacionadas às três Virtudes Teologais (virtudes que se relacionam diretamente com o próprio Deus) do catolicismo - Fé, Esperança e Caridade/Amor - e as quatro Virtudes Cardeais (desdobramentos importantes das três primeiras) do catolicismo - Temperança, Fortaleza, Prudência e Justiça -, virtudes essas que foram chamadas de "As Sete Lâmpadas da Santificação" por São João XXIII (Antes que alguém se incomode com o tanto de "santo", gostaria de lembrá-los de que esta que vos escreve é uma católica, para quem tais termos fazem sentido, e que o livro em questão é um livro católico, portanto, não esperem que eu não chame de "santo" alguém canonizado pela Igreja). É um livro pequeno, menor que o "Os 4 Temperamentos" (link da postagem aqui), de leitura bastante fluida, e só não terminei antes porque tive a brilhante ideia de ler o livro dos temperamentos antes de terminar esse, e como falei, o livro do Dr. Ítalo foi uma leitura pesada, do tipo que esgotou minha mente.
      Quanto ao livro em si, foi uma das melhores e mais proveitosas leituras que tive nos últimos tempos. Temos dois autores diferentes, de estilos diferentes, discorrendo praticamente sobre os mesmos temas, e tratando deles de forma bastante prática. Definitivamente, é um daqueles livros que valem a pena serem lidos e relidos por qualquer cristão. Mas o ponto que mais me chamou a atenção nesse livro não foi exatamente o aprofundamento filosófico, teológico e incrivelmente prático de São João Paulo II, ou o tom leve de João Paulo I para tratar de assuntos profundos como a definição e prática das virtudes.
      Quando lemos as catequeses, em especial seus finais, percebemos o quão cientes esses homens - e, de certa forma, toda a Igreja - estão dos problemas da própria Igreja (como os escândalos que a mídia noticia sempre que possível), sua  Missão e posição no mundo, e os problemas do próprio mundo. Vemos João Paulo I falar dos maus cristãos, São João Paulo II falar sobre o aborto (Catequese sobre a Virtude da Fortaleza), vemos o movimento causado pelo Concílio Vaticano II, e vemos também o modo como a Igreja se posiciona em relação a outras crenças e como a própria Igreja tem responsabilidade sobre o que acontece no mundo. É uma leitura bastante atual, apesar de a catequese mais recente ser do começo dos anos 2000. Se você quer entender um pouco melhor a Igreja Católica nesse último século, é uma leitura extremamente recomendada.
       Mencionei a questão dos santos aqui, e o próprio título do livro fala em "santificação", isto é, o processo de tornar-se santo. Sei que o texto já está longo, mas vale a pena mais esse parágrafo. O próprio São João Paulo II afirma que "um santo é um pecador que nunca desiste", ou seja, aquela imagem do santo como alguém que não comete erros é um equívoco crasso. Não que o santo não erre, ele só não está disposto a permanecer no erro. Está disposto a se levantar após as quedas e fazer o que estiver em seu alcance para não errar novamente, ciente de que é apenas uma criatura imperfeita, a qual erra com mais facilidade do que acerta. Muito poucos santos fizeram milagres ainda em vida, a grande maioria só o fez depois da morte, quando estavam junto a Deus, e menos ainda "se converteram" da água para o vinho, isto é, mudaram de uma vez, como todo protestante que conheço diz que "se converteu". O próprio São Paulo demorou para mudar, depois da queda do cavalo, passou um tempo com escamas nos olhos, e a menos que minha memória esteja equivocada, não fez nada até que as escamas saíssem.
       Portanto, se é isso o que você, caro leitor, deseja, fique tranquilo, porque demora mesmo. Demoramos pelo menos uns 8 meses pra nascer, por que queremos mudar em 24 horas ou menos? Ah, e o santo não é alguém "fora do mundo"(até mesmo as ordens de clausura, como o Carmelo não estão fora do mundo). É alguém que está lá para mudar o mundo, que não segue os perversos ditames do mundo (ou você acha que é lindo que a mídia trate homens e mulheres como pedaços de carne?), que tem amigos, que sai e se diverte, só não se diverte como os outros. Não é algo complicado, só não é fácil de fazer. E as Lâmpadas estão aí para isso: para iluminar o caminho.

domingo, 13 de janeiro de 2019

#Resenha - Os 4 Temperamentos na Educação dos Filhos - Dr. Ítalo Marsili

Perdão pela foto borrada rs... No mais, o "Keep calm and Study your ass off" é bem o estilo do Dr...

      Boa tarde, pessoas! Como estão? Espero que bem. Primeiro de tudo, Feliz Natal e Ano Novo atrasados a todos! Muita saúde, paz e conquistas a todos nós. Gostaria de informar que estou de saco cheio de não conseguir ler um livro inteiro, muito menos de não escrever, e isso me impulsionou a tentar de novo fazer isso tudo, como eu costumava fazer antes da PUC, e espero sinceramente que meu esforço seja recompensado esse ano, porque não aguento mais ficar nessa. No mais, o post de hoje é sobre o primeiro livro que consegui terminar de ler em uns 4 anos, "Os 4 Temperamentos na Educação dos Filhos", do Dr. Ítalo Marsili.
      "Primeiro de tudo, quem diabos é esse cara?". Bom, a culpa de eu conhecer esse livro - bem como o trabalho desse autor como um todo - é das mulheres católicas que sigo no Instagram, tipo a Thais Schmitt, da Loja Stella Maris, e a Rayhanne Zago, do Lírio entre Espinhos, que postavam as respostas dele em seus Stories. Respostas essas bastante práticas e realistas, do tipo que toda criatura que se dispõe a lidar com Coaching, RH, Psicologia e Psiquiatria está passando da hora de dar para as pessoas (um dia ainda falo sobre a minha birra com o pessoal dessas áreas), então comecei a seguí-lo no Instagram. Tem conselhos que não são a coisa mais fácil do mundo - como por exemplo, não reclamar - mas percebi que, pelo menos para mim, quando tento botar em prática, funciona, então aqui estamos. Sugiro que deem em uma olhada no perfil dele no Instagram se quiserem conhecê-lo melhor, pois esse não é exatamente o objetivo deste post. O assunto "temperamentos" é algo que me interessa a algum tempo, então quando soube do livro, pensei em comprá-lo, mas a ideia de passar a leitura dele na frente de todas as outras veio da Michelle, psicóloga, amante de livros, e dona de um dos Instagrams mais interessantes que já vi, o Contra o Mundo Moderno. Dito isso, vamos à resenha de fato.
      O livro fala sobre uma corrente de estudo dos temperamentos humanos baseada nas ideias de filósofos da Grécia Antiga, que afirmavam que devia haver um princípio que regia o mundo, fosse esse princípio o Fogo, a Terra, a Água e o Ar. De forma análoga, o temperamento humano (isto é, a base sobre a qual construímos nossa personalidade, e, as "lentes" que usamos para enxergar o mundo, parafraseando um professor meu da PUC), tem características desses princípios, e considerando esse viés "místico" de quatro elementos, as universidades não levam esse tipo de estudo  muito a sério desde que houve a chamada "desmistificação do mundo", em que a razão pura e simples deve ser o Norte de tudo (algo bastante falho, visto que somos mais do que razão, se pararmos de fato para pensar). Apesar do nome, o livro não serve apenas para que lidemos com a questão dos filhos, mas também para nos relacionarmos com as pessoas de forma geral, e até mesmo conosco mesmos, visto que cada temperamento possui suas características e desafios.
       Eu até poderia falar mais sobre o livro, mas a grande verdade é que eu não devia ter aceitado a sugestão da Michelle de ler esse livro o quanto antes rs... Digo isso porque para mim, a leitura foi pesada. Não consegui entender muita coisa de verdade, o que me atrapalha demais a falar mais alguma coisa, apesar de ter achado a parte prática bastante interessante. Talvez eu consiga entender melhor esse livro se eu fizer a leitura em um outro momento de minha vida, e é exatamente o que farei - e podem ter certeza, farei uma nova postagem sobre esse livro depois dessa leitura - , mas por hora, se você tem uma boa boa dose de autoconhecimento, paciência, disposição para melhorar o modo como você se relaciona consigo mesmo e com o mundo, se você quer aprender algo novo, ou se você é de alguma dessas áreas com as quais eu tenho birra, esta leitura é para você!

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

#Resenha - Macbeth - William Shakespeare

      Bom dia! Como estão vocês? Espero que bem, e espero também que se acostumem com mais resenhas em um curto espaço de tempo, pois é como as coisas serão feitas de agora em diante, e a resenha de hoje é sobre um dos grandes clássicos da literatura universal, a tragédia de Macbeth, de William Shakespeare.
      Escrita durante a chamada "fase madura" de Shakespeare, Macbeth é uma de suas tragédias mais famosas, juntamente com Hamlet (de onde saíram frases clássicas como "Ser, ou não ser? Eis a questão!" e "Há algo de podre no reino da Dinamarca") e Romeu e Julieta (Que é, de longe, sua obra mais famosa). É uma tragédia em 5 atos, escrita conforme o gênero teatro (isto é, como se fosse o roteiro de uma peça), e conta a história de um barão do rei Duncan da Escócia chamado Macbeth, que durante o período de guerra encontra-se por acaso com três bruxas que preveem que ele será Barão de Cawdor e Glamis, e rei da Escócia em algum momento. Banquo, seu amigo, não leva isso muito à sério, e leva menos à serio ainda quando essas mesmas bruxas dizem que, muito embora ele mesmo não seja rei, seus filhos o serão. Macbeth deseja que isso seja verdade, ainda que adote uma postura cética a princípio, pelo fato de já ser o barão de Cawdor e por isso mesmo, acreditar que as ditas bruxas talvez não soubessem tanto assim.
      A coisa muda de figura quando é comunicado a Macbeth que o Rei Duncan o nomeara barão de Glamis, visto que o homem que detinha o título anteriormente se revelara um traidor, e isso atiça sua ambição de se tornar o rei da Escócia. Ansioso, começa a desejar que alguma coisa aconteça logo para que ele se torne o rei, ainda que isso implique matar Duncan para assumir o trono (pensamento que o assusta, mas não tanto a ponto de desistir de sua ambição). Sua esposa, Lady Macbeth, tão ambiciosa quanto o marido, ao saber do encontro do marido com as bruxas e o que ocorreu logo em seguida, começa a arquitetar algo para que a última parte da profecia - a que diz que seu marido se tornará Rei - se cumpra o mais rápido possível, e ainda desconhecendo o desejo do marido de matar Duncan, começa a tramar o assassinato deste, planejando uma festa no castelo apenas para matá-lo enquanto dormisse.
      O plano é levado à cabo, Duncan é assassinado, e na falta de descendentes, ou de um herdeiro nomeado, Macbeth é coroado rei da Escócia. No entanto, há muitas dúvidas entre os vassalos de Duncan quanto à legitimidade do novo monarca, principalmente por parte de Banquo, que conhecia a profecia das bruxas e começa a ponderar se o amigo havia matado o antigo rei. Macbeth passa a ficar cada vez mais paranoico quanto à lealdade dos seus, e isso leva a uma guerra sangrenta dentro do reino.
      Sinceramente? Acredito que essa história caberia muito bem num #catholicpost. É sério. Digo isso porque toda a ação da trama se desenvolve em função da crença de Macbeth de que ele será rei pelo simples fato de que três bruxas assim o disseram, juntamente com o anúncio que acabou se concretizando, de que seria barão de Cawdor e Glamis. Logo, o ambicioso Macbeth acredita que se elas acertaram em cheio quanto ao seu baronato, com certeza teriam acertado sobre sua coroação. Macbeth orientou sua vida e suas ações em função de uma profecia que acalentava e dava razão às suas ambições mais sombrias, e isso é nada mais nada menos do que confiar em adivinhos ao invés de confiar em Deus. E, infelizmente, há muitos cristãos - e nisso incluo nós, católicos - que fazem isso de forma inconsciente, seja porque não conhecem a própria fé, seja porque caem na falácia de que isso não vai contra sua própria fé. Isso sem contar a sabedoria de Banquo, que exclama na terceira cena do primeiro ato "Ora, pode pois o Demônio falar a verdade?", quando percebe que as bruxas acertaram.
      Digo que foi sábio, porque não são todos os que percebem que o demônio também sabe das coisas, e isso vai desde nossos defeitos e ambições mais sombrias, até os planos de Deus para nós, só não está interessado em usar isso para nos ajudar a chegar até Ele. Ao final da história, vemos que Macbeth acabou por destruir a si e a muitos, e é exatamente o que acontece quando cedemos à tentação de acreditar em adivinhos, uma vez que, de uma forma geral, esses adivinhos não falam a verdade o tempo todo, apenas o bastante (adquirida sabe-se lá Deus como) para que confiemos neles, e então, falam o que queremos ouvir, sendo verdade ou não, e o resto o nosso próprio egoísmo faz.
       Quando citei que o livro é escrito sob a forma de um roteiro de teatro, estou dizendo que esse texto é exatamente o que é encenado no teatro, e isso me deixa curiosa sobre como seria de fato, essa peça acontecendo. Ainda não tive a chance de ver no teatro, mas a Netflix tem uma adaptação com Michael Fassbender no papel principal, e embora eu ainda não tenha visto, talvez seja a opção mais acessível por enquanto (porque com certeza essa peça não vai sair barata, e eu já pago 20 e poucos contos de Netflix, então tenho que aproveitar)... Se quero ver a peça "ao vivo e à cores"? Sim, mas enquanto isso, vamos de Netflix mesmo ^^

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Sobre Telefones e Livros

É uma relação bem harmoniosa, #sqn 

       Olá, pessoal! Como estão? Espero que bem. Primeiramente, gostaria de pedir perdão pela minha ausência. Esse ano eu "levei na pinguela", como dizemos por aqui, praticamente tudo. As únicas coisas realmente "importantes" que fiz esse ano foram tirar carteira e resolver dar aulas de inglês, presencial ou via Skype, adaptadas às diversas rotinas e necessidades das pessoas.
      "Ah" - vocês podem dizer - "Mas quem disse que não dá pra ler nada?". E é aí que entra o post de hoje. Creio que muitos de vocês, assim como eu, possuem um smartphone. E, assim como eu, creio que vocês também passem muito tempo com ele, mais até do que o saudável. Isto mesmo que vocês estão lendo aqui, talvez até mesmo de seu smartphone: passamos mais tempo em frente ao bendito do que o normal. A frase "desligue a TV e vá ler um livro" deveria ser substituída por "largue o telefone e vá ler um livro". É o que estou tentando fazer. Mas não estou sozinha. O Wagner Brenner, do Update or Die também passa por isso, assim como a pessoa do grupo Skoob - O que você anda lendo? (ou seria do Devoradores de Livros? Agora também não lembro...), que postou o texto para nós. Texto esse que reproduzo na íntegra aqui. O link pro site está no fim da postagem.
A propósito, descobri que tinha deixado nos rascunhos do blog, ainda no começo do ano, uma resenha sobre o livro "YouCat: Update! Confissão", mas mesmo tendo terminado de ler esse livro ainda no começo do ano, eu não consegui elaborar nada, mas até o fim do ano sai, vou ler novamente e faço a resenha. No mais, segue o texto do Update or Die:

Socorro, não consigo mais ler livros.

Sou um leitor, desde que me entendo por gente. Sempre li muito. E continuo lendo. Mas de uns anos para cá, me alimentar compulsivamente de internet tem causado um efeito colateral que ainda não consigo explicar muito bem.
Só sei que agora, toda vez que pego um livro nas mãos, não consigo ler, canso rápido. Se o texto não “embala” logo, preciso de muito esforço para continuar com a leitura. E não é só com o livro de papel. A mesma coisa acontece com o livro digital. Não tem nada a ver com o tipo de apoio. Tem a ver com a extensão do texto.
Essa situação tem me deixado angustiado. Será que desaprendi a ler? Será que fiquei preguiçoso? Será que agora só consigo ler coisas curtinhas e, de preferência, com uns links? Acho que não. Na verdade, nunca li tanto como agora. Passo o dia inteiro lendo. Mas leio cacos, fragmentos.
Sim, o efeito é conhecido e foi previsto anos atrás.
Sai o disco, entra a música.
Sai o filme, entra a série.
Sai a série, entra o curta do Youtube.
Sai a mesa de bar, entra o Facebook.
Sai o livro, entra o post, o artigo.
Tudo o que era consumido em pacote-família, em tabletão, agora é consumido em formato M&M’s.
A gente já sabia que isso acontecer, faz tempo. Mas o que eu ainda não tinha sentido na pele é que esse fenômeno do snack culture iria me TIRAR algo e me IMPEDIR de ler textos longos. Porque uma coisa é você perceber que existe uma nova maneira de ler (circular e não linear) e passar a usá-la.
Outra coisa é você perder sua capacidade de concentração.
Eu queria adicionar o jeito novo, mas não queria perder o jeito velho.
A internet causou em mim, e talvez em você, uma diminuição na atenção, um efeito similar ao do Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH). Não que essa dificuldade de concentração seja um TDAH (que é neuro-biológico e tem causas genéticas), mas tem essa característica em comum. Aliás, os próprios parâmetros de diagnóstico de TDAH tem sido frequentemente revistos justamente por conta dessa alteração de comportamento, especialmente em escolas.
Já tentei de tudo, busquei aquelas ficções bacanas, cheias de escapismo, com viagens para lugares distantes, coisas que eu devorava durante a adolescência…mas 10 minutos depois o que escapa é minha atenção mesmo.
Fico voltando para o começo do parágrafo, sabe? Nem a biografia do Steve Jobs eu consegui terminar.
Fico repetindo para o autor “vai, já entendi, conta logo, pára de enrolar”.
Esse é outro sintoma: fiquei mais factual e perco fácil a paciência com aquela fase de contextualização e envolvimento com os personagens.
Meu kindle tem, neste exato momento, a ridícula marca de 18 livros iniciados.
Estou fazendo com eles a mesma coisa que faço com as músicas no meu iPhone, que fatalmente acabam tomando uma “skipada” depois de alguns segundos (tirando as do Zappa, que felizmente ainda ouço cada nota com prazer até o fim). Pô, eu ouvia aqueles álbuns inteiros do Pink Floyd… agora isso seria inimaginável.
Sei que isso tudo soa como algo ruim, mas nem isso eu tenho certeza.
A civilização humana já passou por isso muito antes da internet, por exemplo quando passamos da comunicação exclusivamente oral e acrescentamos a escrita. Colocar conteúdo por escrito livrou nossa memória e permitiu textos bem mais longos e precisos. Agora estamos de volta aos conteúdos curtos, mas ainda mais precisos. E, se um dia desenvolvermos a telepatia, certamente as palavras vão nos parecer ineficientes demais. Formas diferentes de trocar conteúdos, histórias.
Enfim, um post pouco conclusivo, mais desabafo mesmo, para ver se tem mais gente nesse barco.
Estou assustado por não conseguir mais ler um livro inteiro.