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sábado, 9 de março de 2019

#Resenha - São Paulo - O Apóstolo dos Gentios - Alphonse Tricot e Didaqué, Ou Instrução dos Doze #Catholicpost

      Boa tarde a todos! Como estão? Espero que bem. Primeiro de tudo, feliz dia da mulher atrasado para nós. Em breve teremos postagem sobre um livro que fala muito sobre o "ser mulher" - aliás, segundo minhas contas, serão mais de uma - sob o ponto de vista católico, mas não hoje. Hoje quero falar desse livro que nós, assinantes do Minha Biblioteca Católica, recebemos no mês de março, falando sobre a vida e o contexto de São Paulo, acompanhado da Didaqué, Ou Instrução dos Doze, considerado o primeiro catecismo cristão (e que é mais difícil de achar do que uma nota de cem novinha em folha na rua).
       Primeiro de tudo, gostaria de resumir um pouco a história sobre como esse livro veio parar na minha mão, antes de explicar por que raios eu terminei um livro de 240 páginas em aproximadamente uma semana, feito que não faço há pelo menos uma década (o livro Três Monges Rebeldes , que veio para os assinantes em Janeiro, com 80 páginas a mais que esse de São Paulo, precisou de mais de um mês para ser concluído).
       Assino o Minha Biblioteca Católica desde novembro do ano passado, quando editaram em sua típica edição de luxo o livro Caminho de Perfeição (que era para eu ter terminado entre Dezembro e Janeiro no máximo, mas ainda não terminei, e vou falar sobre isso quando terminar), livro que queria ler havia pelo menos uns quatro anos. Desde então, mensalmente recebo os livros que eles editam, e posso garantir que, do ponto de vista espiritual, são livros excelentes. Além disso, os livros que foram lançados anteriormente podem ser adquiridos pelos assinantes, contanto que tais livros estejam disponíveis na loja virtual (o que nem sempre é fácil de acontecer, então se tiver algum que te interesse por lá, compre antes que acabe e nem eles saibam quando conseguirão reimprimí-los), no mesmo preço da assinatura mensal, e esse é um dos pontos mais legais sobre o clube na minha opinião.Os que ainda quero comprar, mas que já se esgotaram, são: as Confissões, de Santo Agostinho - que de brinde inclui a biografia de Santa Mônica, sua mãe - ; um livro narrando sobre a história de Nossa Senhora de Fátima; Perguntas e Respostas + A Escola Sem Deus, de Monsenhor de Ségur; e o História de Uma Família, contando a história da família de Santa Teresinha do Menino Jesus (obs: quando tive o dinheiro pra comprar, já não estava mais disponível).
       Até hoje só tive um problema comprando os livros: a operadora do cartão processar a compra, mas não o sistema da loja devido a problemas com a minha conexão, o que impedia o clube de cancelar a compra, bem como a operadora do cartão, mas quando a fatura foi paga, apareceu para o clube, e me mandaram os dois livros que solicitei: Vida e Paixão do Cordeiro de Deus, de Anna Catarina Emmerich + O Calvário e a Missa, do Venerável Fulton J Sheen; e o História de Uma Alma, biografia de Santa Teresinha do Menino Jesus. (estão na minha lista de leitura desse ano, então esperem pela resenha). E que sirva de lição: comprar qualquer coisa pela internet num dia em que a velocidade de conexão está mais lenta que o trânsito da Paulista na hora do rush é uma das piores ideias que se pode ter.
       Passado esse não muito pequeno resumo, vamos ao problema de fato: eles tiveram um problema no sistema de processamento de compras deles entre o final de janeiro e início de fevereiro, o que fez com que alguns assinantes não recebessem o box de fevereiro (biografia de Dom Bosco + O Cristão Bem Preparado para a prática dos seus deveres, escrito pelo próprio Dom Bosco) no prazo normal (que no meu caso, é começo do mês). Eu estava entre eles, e meu box de fevereiro chegou na primeira semana de março, enquanto que o livro de março veio com a compra do livro com a biografia de São Francisco de Assis, quase no fim de fevereiro. Como a biografia de Dom Bosco (que é santo, diga-se de passagem) possui mais de 500 páginas, e nem sou tão devota dele assim, a ponto de estar muito ansiosa por sua biografia (como devota de Santa Teresa de Ávila, a ansiedade quase me comeu até a chegada do livro), resolvi começar a ler esse livro sobre São Paulo, que, por se tratar também da história do começo da Igreja, me deixou bastante curiosa.
       O livro nos conta a história de São Paulo, desde suas origens, passando por sua formação, o que se sabe de sua vida anterior à sua conversão, o encontro com Cristo no caminho de Damasco, sua mudança de vida, sua forma de evangelizar e sua relação com as pessoas que encontrou, até o seu martírio, ocorrido no ano 67 da era cristã. É um trabalho historiográfico, por assim dizer, escrito de forma simples e clara, numa narrativa linear e bastante explicativa quanto ao contexto histórico em que São Paulo e a nascente Igreja estavam inseridos. Houve momentos em que eu, assim como aqueles que vão ler esse livro, tive informações sobre a história da Igreja que eu nunca havia ouvido falar, e se havia ouvido falar, não suspeitava que pudessem ser verdadeiras, mas considerando que seu autor é alguém de renome no meio acadêmico, e que não houve nenhuma obra refutando qualquer ponto do que consta em sua biografia de São Paulo, não há muitos motivos que nos façam duvidar de sua veracidade, o que nos revela um outro panorama sobre muito do que conhecemos sobre a Igreja.
       O que mais me chamou a atenção no livro, dentre todas as coisas, não foi exatamente a história, mas o fato de que ela ainda está acontecendo. Paulo de Tarso pode não ser mais um homem de carne e osso, mas muito do que aconteceu em seu tempo ainda acontece. A Igreja ainda enfrenta perseguições, como naqueles tempos, e ainda lida com gente que está dentro dela, mas que mais atrapalha do que ajuda. Muito do que a Igreja fazia naquela época, no tocante à evangelização e na relação uns com os outros e na sociedade, ainda é feito, guardadas as devidas proporções. A Igreja ainda é a mesma. Os discípulos, ainda são os mesmos. Os problemas, idem.
       Há muito que eu ainda gostaria de falar sobre o livro, e como ele se relaciona com nossa realidade, mas não vou fazê-lo porque caso o fizesse, daria inúmeros spoilers sobre a trama, e por mais difícil que isso seja, definitivamente é algo que não faço, podem revirar os arquivos do blog, não tem uma resenha que seja onde conto algum spoiler de algum livro, no máximo cito algum personagem que ninguém fazia ideia de que existia. No mais, recomendo a leitura deste livro, e acho que, assim como o As Sete Lâmpadas da Santificação, é um livro que deve ser lido tanto por católicos quanto por não católicos, uma vez que oferece um panorama muito rico e interessante sobre esse período da história.
       Quanto à Didaqué, é bem sucinta e resume bem o espírito e os intentos da época em que foi escrita, e acredito que muitos dos que acham que a Igreja "é severa demais" hoje, achariam que ela é até "branda demais" nos dias de hoje, dado o conteúdo da Didaqué. Ele era bem mais incisivo e firme do que o Catecismo atual (não cito o de Pio XII porque ainda não li, nem dei uma olhada, então não tenho conhecimento o suficiente para discutir a respeito), apesar de o espírito de ambos os textos ainda ser o mesmo. (E o mapa que acompanha o box me deixou bastante perdida, obrigada)

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

#Resenha - YouCat: Update! Confissão - Vários autores #Catholicpost

E a pilha de livros pra ler tá lá...

       Oi pessoal! Como estão vocês? Bom, eu estou só na correria esse fim de ano, mas conforme prometido no último post, eis a resenha do livro YouCat: Update! Confissão.
         Enquanto estava dando uma olhada no meu painel do Blogger, acabei vendo que tinha deixado "pendurada" no começo do ano uma resenha sobre esse livro, que chegou pra mim no final do ano passado, juntamente com o DoCat: A Doutrina Social da Igreja para os jovens (vai ter resenha dele por aqui também, mas não por agora), mas como isso aconteceu junto com os últimos acertos do meu TCC (que se a faculdade tiver disponibilizado em sua biblioteca virtual eu dou uma atualizada aqui com o link), achei que daria mais certo ler e escrever sobre ele no começo desse ano. Como vocês devem ter notado, acabou que esse ano não escrevi absolutamente nada, apesar de ter terminado esse livro. Esse ano aliás, deve ter sido o ano em que eu mais interrompi leituras por motivos fúteis de todos os tempos, e foram tantas que até perdi a conta de quantas eram. Estou começando a repensar minha postura sobre a meta de leitura do Skoob e adotá-la ano que vem, porque me parece que vou precisar se quiser fazer um detox digital... Mas chega de enrolação, e vamos à resenha.
         Para início de conversa, eu tenho o YouCat também, e como achei a proposta interessante, procurei os outros livros dessa mesma linha, e esse pequeno - tanto em tamanho, quanto em quantidade de páginas, que são 86 - livro sobre a Confissão foi um dos primeiros que consegui comprar. E digamos que foi uma compra que valeu a pena. Não só por causa do conteúdo, mas também pela edição primorosa - característica da chamada "Família YouCat" - que apresenta capa firme e uma parte visual bem agradável, com ilustrações e fotos. Mas a primeira pergunta é: O que é a Confissão? Por que um livro sobre ela? E por que um livro que fala sobre Confissão tem a palavra "Update" junto? O que uma coisa tem a ver com a outra?
           A Confissão, para aqueles que não conhecem o Catolicismo, não é apenas um "contar para alguém tão falível quanto eu os meus erros e  pedir que essa pessoa me perdoe em nome de Deus". A Confissão é um sacramento, isto é, um sinal deixado por Cristo para que nos voltemos à Ele. O da Confissão, assim como os demais, possui embasamento bíblico, mais precisamente as passagens de João, Capítulo 20, versículo 23, e principalmente a de Mateus, Capítulo 16, versículos 18 e 19. Isto porque nestas duas passagens Cristo dá aos seus apóstolos, isto é, seus sucessores, o poder de perdoar os pecados. E como vemos em Atos dos Apóstolos, fez-se necessário que os apóstolos designassem pessoas, tal como Cristo os designara, para cumprir suas funções onde eles não pudessem estar (e da mesma forma, pessoas para substituí-los após sua morte), sendo que dentre estas funções está justamente a de perdoar os pecados. E como bem sabemos, da mesma forma que você não pode perdoar uma ofensa que não conhece, os apóstolos e seus sucessores não podem perdoar os pecados sem que estes não fossem conhecidos, que é de onde surgiu a Confissão que, por motivos óbvios, é algo entre quem está confessando e quem está ouvindo a Confissão. O padre é falível? Sim, tanto quanto você. Mas se formos traçar a origem da autoridade que foi conferida àquele padre para isso - e que não foi conferida à você que está lendo esta postagem, a menos que você também seja padre -, com toda a certeza chegaremos a pelo menos um dos Doze, que recebeu esta mesma autoridade de ninguém mais ninguém menos que o próprio Cristo #dealwithit
          O livro em si não fala apenas sobre o que é a Confissão - que, em linhas gerais, é um recomeço em nossa relação com Deus quando, por descuido, ou por orgulho, ou por qualquer outro motivo, estragamos essa relação, por isso a associação com Update, que significa atualizar - mas também conta sobre seus efeitos, como funciona, e como fazer uma boa confissão. É interessante também o fato de que acompanha um guia para fazer um bom exame de consciência e orações para nos auxiliar na Confissão, coisa que muitos de nós católicos simplesmente desconhecemos (alô catequistas!) e que, digo por experiência própria, são muito úteis. Além disso, há algumas histórias no mínimo interessantes envolvendo este sacramento, como por exemplo, a existência das chamadas Night Fevers (que apesar de poderem ser traduzidas como "Noites da Febre", estão mais para "Noites de Fé"), onde, dentre outras coisas, há a presença de padres atendendo confissões, e, pasemem (ou não), esse é um evento de jovens, bem como orientações para que possamos avaliar nossa relação com Deus e onde estamos errando e acertando nela, e de forma geral, este livro cumpre seu propósito de orientação, além de nos trazer bastante esperança.
          Sobre o "porquê de se fazer um livro sobre a Confissão", acredito que seja necessário porque este assunto, de forma geral, gera bastante dúvida tanto nos católicos quanto nos não-católicos, e para os primeiros, estas dúvidas geram grandes saias justas, pois se até um advogado precisa conhecer seu cliente para defendê-lo, como um católico vai defender sua fé se não a conhece? Ou pior: como um católico vai ser católico se não conhece sua própria fé? E bem sabemos que há padres e catequistas bastante descuidados nesses assuntos, infelizmente. Portanto, um livro sobre este sacramento é de vital importância para nós, católicos, porque nos possibilita conhecermos nossa fé e sabermos o que raios estamos fazendo neste mundo. Virou um livro de cabeceira meu, e acredito sinceramente que se tornará o seu também após a leitura.
         Um abraço, e até mais!


P.S.: Se alguém de vocês já foi em uma Night Fever, por gentileza compartilhe a experiência! Será bastante interessante para aqueles que, como eu, se interessam.