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segunda-feira, 18 de março de 2019

#Resenha - Caminho de Perfeição - Santa Teresa de Ávila #Catholicpost



       Bom dia a todos! Como estão? Espero que bem. Hoje finalmente escrevo a resenha sobre esse livro que, até o momento, foi o mais difícil de terminar, embora não seja um livro ruim.
    Escrito por Santa Teresa de Ávila, Caminho de Perfeição é basicamente um manual de oração - e, de certa forma, manual de vida - para as monjas do carmelo de São José de Ávila, do qual era a priora. Juntamente com o Livro da Vida e Moradas do Castelo Interior, é uma das obras mais ricas da vasta espiritualidade católica. Dito isto, vamos à resenha.
       Como falei no começo - e como citei neste post aqui - esse livro não foi um livro fácil de ser lido (para ser sincera, estou tentando lê-lo desde a época da faculdade, quando baixei as obras em PDF, das quais não li nenhuma). Mas ao contrário do livro Os 4 Temperamentos na Educação dos Filhos, o problema do livro não foi o fato de não encontrar aplicação prática, na verdade, isso é o que mais tem, apesar de ter sido escrito para monjas de clausura, que é exatamente o que não sou, nem nunca serei por motivos de: vocação (fiquem calmos, que uma hora eu explico, ou acho alguém pra explicar). Também não foi porque esperei muito do livro, como nesse caso aqui. O problema dessa vez sou eu rs... E falo sério. A escrita de Santa Teresa de Ávila, apesar de bem prática, é muito rica, detalhada e extensa, além de ser uma escrita de alto nível. Tanto que, se não me engano, seu trabalho é considerado também como parte dos clássicos da literatura espanhola, assim como Dom Quixote, de Cervantes. Meu português não foi o bastante para a leitura quanto eu gostaria que fosse, mas mesmo assim encontrei muita coisa útil para minha vida de oração propriamente dita.
       Ouso dizer que, da mesma forma que São Tomás de Aquino conseguiu responder, em seu tempo, muitas perguntas que se fazem hoje a respeito da Fé (não, ainda não li NADA de São Tomás de Aquino, mas muitos que já leram afirmam isso), Tersesa de Ávila respondeu, em seu tempo e nessa obra, praticamente todas as perguntas que se fazem hoje a respeito de oração, inclusive sobre aspectos psicológicos mesmo. É um livro riquíssimo, daqueles que valem à pena uma segunda leitura, a fim de aprofundarmos nosso entendimento, que é exatamente o que farei. Sugiro, para aqueles que pretendem ler esse livro, que não apenas persistam, como também procurem se aprofundar o máximo que conseguirem na leitura de cada um dos 52 pequenos capítulos, que será de grande proveito. Sobre a foto, o livretinho que se encontra junto com o livro fala brevemente sobre São Simão Stock, um monge que nos é pouco conhecido, e o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, um dos sacramentais mais conhecidos da Igreja Católica depois do Rosário, e cuja história se liga à do monge já mencionado. 

Santa Teresa de Ávila, rogai por nós!

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

#Resenha - Macbeth - William Shakespeare

      Bom dia! Como estão vocês? Espero que bem, e espero também que se acostumem com mais resenhas em um curto espaço de tempo, pois é como as coisas serão feitas de agora em diante, e a resenha de hoje é sobre um dos grandes clássicos da literatura universal, a tragédia de Macbeth, de William Shakespeare.
      Escrita durante a chamada "fase madura" de Shakespeare, Macbeth é uma de suas tragédias mais famosas, juntamente com Hamlet (de onde saíram frases clássicas como "Ser, ou não ser? Eis a questão!" e "Há algo de podre no reino da Dinamarca") e Romeu e Julieta (Que é, de longe, sua obra mais famosa). É uma tragédia em 5 atos, escrita conforme o gênero teatro (isto é, como se fosse o roteiro de uma peça), e conta a história de um barão do rei Duncan da Escócia chamado Macbeth, que durante o período de guerra encontra-se por acaso com três bruxas que preveem que ele será Barão de Cawdor e Glamis, e rei da Escócia em algum momento. Banquo, seu amigo, não leva isso muito à sério, e leva menos à serio ainda quando essas mesmas bruxas dizem que, muito embora ele mesmo não seja rei, seus filhos o serão. Macbeth deseja que isso seja verdade, ainda que adote uma postura cética a princípio, pelo fato de já ser o barão de Cawdor e por isso mesmo, acreditar que as ditas bruxas talvez não soubessem tanto assim.
      A coisa muda de figura quando é comunicado a Macbeth que o Rei Duncan o nomeara barão de Glamis, visto que o homem que detinha o título anteriormente se revelara um traidor, e isso atiça sua ambição de se tornar o rei da Escócia. Ansioso, começa a desejar que alguma coisa aconteça logo para que ele se torne o rei, ainda que isso implique matar Duncan para assumir o trono (pensamento que o assusta, mas não tanto a ponto de desistir de sua ambição). Sua esposa, Lady Macbeth, tão ambiciosa quanto o marido, ao saber do encontro do marido com as bruxas e o que ocorreu logo em seguida, começa a arquitetar algo para que a última parte da profecia - a que diz que seu marido se tornará Rei - se cumpra o mais rápido possível, e ainda desconhecendo o desejo do marido de matar Duncan, começa a tramar o assassinato deste, planejando uma festa no castelo apenas para matá-lo enquanto dormisse.
      O plano é levado à cabo, Duncan é assassinado, e na falta de descendentes, ou de um herdeiro nomeado, Macbeth é coroado rei da Escócia. No entanto, há muitas dúvidas entre os vassalos de Duncan quanto à legitimidade do novo monarca, principalmente por parte de Banquo, que conhecia a profecia das bruxas e começa a ponderar se o amigo havia matado o antigo rei. Macbeth passa a ficar cada vez mais paranoico quanto à lealdade dos seus, e isso leva a uma guerra sangrenta dentro do reino.
      Sinceramente? Acredito que essa história caberia muito bem num #catholicpost. É sério. Digo isso porque toda a ação da trama se desenvolve em função da crença de Macbeth de que ele será rei pelo simples fato de que três bruxas assim o disseram, juntamente com o anúncio que acabou se concretizando, de que seria barão de Cawdor e Glamis. Logo, o ambicioso Macbeth acredita que se elas acertaram em cheio quanto ao seu baronato, com certeza teriam acertado sobre sua coroação. Macbeth orientou sua vida e suas ações em função de uma profecia que acalentava e dava razão às suas ambições mais sombrias, e isso é nada mais nada menos do que confiar em adivinhos ao invés de confiar em Deus. E, infelizmente, há muitos cristãos - e nisso incluo nós, católicos - que fazem isso de forma inconsciente, seja porque não conhecem a própria fé, seja porque caem na falácia de que isso não vai contra sua própria fé. Isso sem contar a sabedoria de Banquo, que exclama na terceira cena do primeiro ato "Ora, pode pois o Demônio falar a verdade?", quando percebe que as bruxas acertaram.
      Digo que foi sábio, porque não são todos os que percebem que o demônio também sabe das coisas, e isso vai desde nossos defeitos e ambições mais sombrias, até os planos de Deus para nós, só não está interessado em usar isso para nos ajudar a chegar até Ele. Ao final da história, vemos que Macbeth acabou por destruir a si e a muitos, e é exatamente o que acontece quando cedemos à tentação de acreditar em adivinhos, uma vez que, de uma forma geral, esses adivinhos não falam a verdade o tempo todo, apenas o bastante (adquirida sabe-se lá Deus como) para que confiemos neles, e então, falam o que queremos ouvir, sendo verdade ou não, e o resto o nosso próprio egoísmo faz.
       Quando citei que o livro é escrito sob a forma de um roteiro de teatro, estou dizendo que esse texto é exatamente o que é encenado no teatro, e isso me deixa curiosa sobre como seria de fato, essa peça acontecendo. Ainda não tive a chance de ver no teatro, mas a Netflix tem uma adaptação com Michael Fassbender no papel principal, e embora eu ainda não tenha visto, talvez seja a opção mais acessível por enquanto (porque com certeza essa peça não vai sair barata, e eu já pago 20 e poucos contos de Netflix, então tenho que aproveitar)... Se quero ver a peça "ao vivo e à cores"? Sim, mas enquanto isso, vamos de Netflix mesmo ^^

terça-feira, 29 de março de 2016

Sobre metas de leitura...

Depois de muitas brigas, essa é a minha "meta de leitura" no Skoob para 2016...


     Olá, pessoal! Como vão? Sei que o fluxo tem aumentado um pouco por aqui desde que criei uma página no Face pro Café, e peço desculpas pela demora. Já mudei o livro sobre o qual pretendo falar umas três ou quatro vezes, e assim que eu conseguir me livrar do ciclo vicioso "começar a ler-viajar para uma dimensão paralela-voltar à leitura-não entender nada-começar a ler de novo", conseguirei fazer uma postagem decente sobre algum livro. Mas a postagem de hoje não é de todo estranha aos livros. Na verdade, é bem relacionada a livros... E a experiências.

     Bom, como já coloquei nos "Links amigos", eu tenho um perfil no Skoob. O Skoob, pra quem não sabe, é uma espécie de Facebook dos leitores, onde você posta os livros que já leu, os que tem, os que quer trocar, os que quer adquirir, os que está lendo e os que está relendo. Além disso, sempre que as editoras realizam sorteios de livros, a chamada cortesia mentira, isso é estratégia de marketing das editoras, você tem chances de ganhar um livro (OBS: Nunca ganhei nenhum, mas quem sabe um dia...). É interessante, você consegue ter uma noção do quanto você já leu na sua vida, quantos livros você realmente quer, acompanha o progresso de leitura/releitura dos livros, e pode compartilhar com as pessoas suas opiniões acerca dele durante a leitura, mas tem também o motivo do post de hoje: A Meta de Leitura!

     Todo mundo sabe mais ou menos o que é uma meta, mas aproveitando o gancho desse termo com a Administração, aí vai o que é uma meta: É um marco, um pequeno objetivo, que se conquista na busca por um objetivo maior. Tal como colocar R$100,00 na poupança em Janeiro, e definir que irá depositar R$100,00 mensais, para até Dezembro ter colocado R$1.200,00 nesta caderneta. Com isso, podemos concluir que metas servem para atingir um objetivo. Mas qual o objetivo que impulsiona alguém a estabelecer uma meta de leitura para o ano, como é a do Skoob? Entendo que estabelecer metas de "ler x livros no ano" pode ser bom para aqueles que querem sair da média de leitura brasileira, de 3 a 4 livros por ano, no máximo, mas por que definir QUAIS seriam esses livros?

     Explico: Todos nós sentimos vontades na vida, seja de fazer algo, comer algo, falar algo... Enfim, o ser humano é um ser de vontades conscientes. Falo isso porque não podemos nos esquecer dos instintos, os quais muitas vezes são chamados de vontades, mas não é sobre eles que estou falando, estou falando de algo um pouco mais racional, como QUERER comer uma fatia de pizza de calabresa, mesmo que um prato de arroz com feijão consiga saciar sua fome naquele momento, entendem? Partindo desse pressuposto, também sentimos vontade de ler certas coisas em detrimento de outras. O que eu tenho vontade de ler hoje pode não ser o mesmo que eu tenha vontade de ler daqui um mês. Às vezes eu posso não ter a menor vontade de pegar em um livro, mas também ter dias de não querer fazer outra coisa senão ler. E quem estuda, ou se recorda bem dos tempos em que estudou, com certeza se lembra de quando o professor ou a professora pedia que se lesse determinado livro para uma prova, e como às vezes era penoso ler aquele livro, pelo simples fato de que não se queria ler aquele livro, ou não naquele momento, e, no caso de muitos leitores, o quão culpado você se sentia por ler outras coisas, que não aquele livro que você tinha que ler. Chegamos ao ponto: Em que sentido você se obrigar a ler um livro te faz ter vontade de ler? 

     Não que eu ache que a leitura de livros como Iracema (que, por sinal, foi um dos que tive que ler, e que foi um suplício, de tão maçante que achei a história, somado com o fato de ter uma prova sobre o livro no dia seguinte ao dia em que consegui um exemplar) deve ser abolida do sistema educacional. Muito ao contrário, acredito que sua abordagem deve ser diferente, para que os alunos tenham de fato interesse na literatura clássica, a qual fornece uma ótima base em termos de escrita para qualquer um, mas o ponto que quero ressaltar é de que você se forçar a ler livros A, B e C não faz com que você queira ler, pode ser que te cause o efeito contrário. Você não cria hábitos de leitura se obrigando a ler determinados livros, e dependendo da fase em que você está, isso pode te fazer perder completamente esse hábito.

     "Ah, mas os grupos de leitura, como o Devoradores tem os 'Desafios Literários'!" Calma lá. Existe uma pequena diferença entre os Desafios dos grupos e a Meta de Leitura do Skoob. Os Desafios são elaborados por quem já tem hábito de leitura e quer expandir seus horizontes literários, e quase sempre surgem depois de debate sobre fazer ou não um Desafio. Já a Meta de Leitura do Skoob está lá TODO DIA, O ANO INTEIRO. Mesmo que você não queira, você de certa forma vê aquilo por todo lado no site enquanto você navega por ele. Mesmo que nos Desafios você se obrigue a ler um tipo de livro diferente por mês, não tem a tal das medalhinhas de desempenho relacionados ao "cumprir a meta", como vocês podem ver na figura, no canto direito. Nos Desafios você lê o livro e dá sua nota, só isso e nada mais. Claro que você compartilha experiências de leitura e tudo o mais, mas mesmo assim, tem um objetivo de te expandir os horizontes literários, através da leitura de um livro de determinado assunto por mês, totalizando doze temas diferentes num ano... E de brincar entre amigos.

Bom, espero sinceramente que ninguém tenha se sentido ofendido com essa postagem,e gostaria de saber: o que vocês acham sobre Metas de Leitura? Estou aberta ao debate!

Fiquem com Deus, e manifestem-se!