Meu primeiro espresso, na BOVESPA, dois anos atrás
Boa tarde, meus caros! Como vão? Espero que estejam todos
bem. Confesso que minha vontade era de começar falando de algum livro, mas como
ainda não terminei a leitura, visto que estou lendo dois livros para o meu TCC,
mais o livro sobre o qual pretendo falar, então está um pouco difícil falar de
livros por enquanto. Por isso, resolvi começar falando sobre café mesmo. Ou
melhor, sobre o famoso café espresso.
Como nativa de uma cidade do interior mineiro cuja principal
atividade está voltada à agropecuária, e com três empresas, se não me engano,
que trabalham com café, e tendo um histórico familiar de pessoas que viveram na
roça a vida toda e que, dentre outras coisas, trabalhavam com café, desde pequena
tenho contato com o grão, mas somente na adolescência que fui tomar algum gosto
por café. Quando eu tinha doze anos aprendi a fazer café, da forma tradicional
(coador, garrafa, pó de café...), por causa do serviço, mas até pouco tempo
atrás eu tinha preferência pelo solúvel, em especial o cappuccino. Confesso que
já tentei gostar de chá, mas, como já falei, há uma história muito forte entre
eu e o café para eu realmente tomar gosto por chá. Algum dia em que eu estiver
mais inspirada, talvez eu fale um pouco sobre como o hábito de tomar café é
encarado por aqui, mas, nas palavras de Aragorn, “esse dia não é hoje” rs...
Por hora, vou me ater ao meu relacionamento com a bebida.
Comecei a realmente gostar de café tem pouco tempo. Quando se
trabalha o dia todo, se estuda à noite, e ainda tem uma vida social, alguma
coisa você tem que fazer para não ficar dormindo em alguma dessas
circunstâncias. Alguns vão para os energéticos, outros vão para remédios,
outros desistem da vida social, e eu acabei indo pelo café mesmo. Existem
algumas criaturas abençoadas que não precisam de nada para conciliar essas três
coisas (trabalho, vida social, e estudo), mas eu não sou uma delas. Nem eu, nem
alguns colegas de faculdade que vão para a faculdade no mesmo ônibus que eu.
Mas falando sobre o café, já tinha ouvido falar em espresso há um tempo, mas a
primeira vez em que me lembro de realmente ter tomado um foi em uma visita
técnica da faculdade à BOVESPA, há dois anos. Achei mais forte que os tradicionais
extraforte com que estamos acostumados aqui em casa, preparados no melhor estilo
“levanta-defunto” (oito colheres de pó, para uma garrafa de café das grandes),
e bem mais saboroso também. Mas até umas duas semanas atrás, achava que o tal
do café espresso era coisa para pessoas com dinheiro o bastante para comprarem
uma cafeteira do tipo Starbucks – ou uma Dolce Gusto – e que, definitivamente,
era algo que eu só teria acesso se fosse parar em algum lugar como a BOVESPA –
porque lá eram por volta de três reais, se não me engano, e temos gastos mais
importantes a serem considerados. Até que (re)descobri a Cafeteira Italiana.
Não me lembro de porque cargas d’água eu resolvi remexer na
Italiana que estava parada por aqui devia ter mais de cinco anos. Meu pai a
comprou por alguma razão que não me recordo, talvez seja porque na casa da
minha avó, mãe dele, tinha uma que eles usavam com alguma frequência, ou porque
ele havia comprado uma para dar de presente à minha prima que iria se casar
(uma das muitas primas que tenho, diga-se de passagem) e se lembrou dessa época
da casa da minha avó, mas o fato é que quando ele comprou-a, minha mãe não quis
usar, e acabou ficando pra mim mesmo. Fiz café nela uma única vez, e, não
acostumada com o sabor forte que ela produz, acabei deixando de lado, até uns
dias atrás, quando tirei a caixa empoeirada do armário.
Depois de tirar a cafeteira do armário, procurei na internet
sobre sua origem, como fazer um bom café nela, e tudo o mais. Acabei
descobrindo que ela foi criada para justamente fazer café espresso, e que
apesar do modelo tradicional ser de alumínio (e que alguns alegam que deixa um
gosto residual no café, mas isto não é unanimidade), existiam modelos em inox.
Ambos os o modelos se apresentam com diversas capacidades, e apesar de a
Bialetti ter sido a empesa criadora/comerciante desta maravilha em seu modelo
tradicional em 1933, várias outras empresas também a fabricam. Também aprendi
um pouco sobre o modo de preparo e o melhor pó a ser usado, embora o pó de café
comum que compramos também dê certo. Com isso, coloquei a mão na massa. O
primeiro café que fiz foi com o pó comum, e ficou com gosto de espresso mesmo.
No entanto, no último fim de semana, em uma ida a um supermercado da cidade,
acabei encontrando o pó para espresso a R$4,59. Considerando que até então eu
achava que o café espresso de verdade era coisa pra rico, quando me deparei com
isso resolvi que daria um jeito de comprar um pacote do pó espresso e fazer um
café espresso em casa mesmo.
A oportunidade surgiu quando meu pai foi comprar folha A4
para a empresa nesse mesmo supermercado. Pedi pra ele comprar o pó, e quando
ele chegou em casa e me entregou o pacote, lá fui eu fazer o café.
O MEU espresso rs... Não tem a "crema" pelo modo como preparei
De fato, é outra coisa. O sabor é outro, o efeito no corpo é
outro, até o cheiro é outro. Posso até tomar o café tradicional de manhã cedo,
mas quando eu chegar em casa depois do serviço, seja para o que for, sempre que
der eu vou fazer um espresso pra mim, e pra quem mais quiser!
Fica a dica para quem quiser um café do tipo espresso em
casa, sem precisar gastar no mínimo R$299,00 numa Dolce Gusto Automática (que
provavelmente você só vai achar na internet, e esse valor é sem o frete), mais
não sei quanto nas cápsulas que só fazem uma xícara. A Moka, como é conhecida a
Cafeteira Italiana, custa uns R$79,00 mais ou menos na internet (a que faz no
mínimo três xícaras), seu funcionamento é bem simples, e você pode usar
qualquer pó de café, ou mesmo comprar o pó do espresso para fazer o café, que o
gosto é de espresso MESMO. Só acredito que café solúvel não sirva para nenhuma
delas, mas com um pouco de criatividade, dá pra fazer um cappuccino numa moka
sem problemas...
Até a próxima!