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quarta-feira, 29 de maio de 2019

#Resenha - Os Doze Graus do Silêncio - Vários Autores #Catholicpost

       Boa tarde a todos! Como vão? Espero que bem. A postagem de hoje é sobre um livro que, embora não tenha entrado na minha meta de leitura desse ano, me chamou a atenção depois de ter sido citado algumas vezes pela Rayhanne Zago, do Lírio entre Espinhos em seus riquíssimos stories do Instagram. Então, quando resolvi comprar alguns livros na Cultor de Livros - dentre eles uma biografia de Pier Giorgio Frassati e o que acredito que vá ser a salvação de qualquer perfeccionista, católico ou não, o "A Arte de aproveitar as próprias faltas", de Joseph Tissot; ambos terão resenhas aqui - incluí esse livrinho na lista.
       A primeira coisa que me espantou foi o tamanho do livro, e a segunda, a quantidade de páginas. Quando vi a caixinha da Cultor fiquei bastante chocada, pois imaginava que os três livros dariam algo mais largo, e no final das contas o único livro "grande" desses três é a biografia. Imaginei que um livro que trata de um tema tão vasto quanto o silêncio fosse ter no mínimo 200 páginas, mas por incrível que pareça, há muito em suas poucas páginas.
       "Mas Fernanda, por que um livro sobre o silêncio?" Bem, acho que todos nós sabemos que quando se fala em "oração", fala-se muito em silêncio, principalmente o tal "silêncio interior". Da minha parte, tenho uma mente extremamente inquieta, do tipo que não para nem mesmo para dormir, e isso me atrapalha bastante quando o assunto é oração. Me atrapalha principalmente a discernir o que é coisa da minha cabeça e o que não é, e isso já me levou a muitas decisões equivocadas nesses meus 24 anos de vida. Por isso, qunado vi nos stories da Rayhanne que esse livro ajudava a lidar com essa questão, imediatamente decidi que iria comprá-lo assim que pudesse. Dito isso, vamos à resenha de fato.
       Apesar de ser voltado principalmente à religiosos, em especial os de clausura - como muitos dos livros católicos existentes -, esse é um daqueles livros que podem facilmente ser aproveitados por quaisquer pessoas que busquem se aprofundar na oração, ou mesmo na meditação, seja ela católica ou não (sei que há diferenças entre a meditação católica e a não católica [budista, por exemplo], o dia em que eu conseguir definir essas diferenças, darei um jeito de colocá-las em texto.). Isso porque o livro é bastante intuitivo no que diz respeito a como silenciar-se, e apresenta as muitas vantagens do silêncio em nossa vida. É um daqueles livros que valem uma segunda leitura, pois na primeira não se aproveita plenamente tudo o que o livro tem a dizer.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

#Resenha - O Vampiro Lestat (The Vampire Lestat) - Anne Rice

      Olá a todos! Como estão? Espero que estejam bem, mesmo com esse tempo esquisito que faz um frio tremendo à noite e de manhã cedo, mas esquenta bastante à tarde. E hoje, dando sequencia às resenhas d'As Crônicas Vampirescas, vamos ao segundo livro da série, O Vampiro Lestat.
      Como vocês devem ter visto no post da página, tenho a série "clássica" - incluindo os crossovers com A Vida dos Bruxos Mayfair - completa, mas tudo em inglês. (eu tinha também os três livros d'A Vida dos Bruxos Mayfair, mas resolvi passá-los adiante, e eu meio que me arrependi, mas enfim) E a culpa é desse livro aqui. Isto porque, quando fiz meu aniversário de 17 anos, fui à livraria daqui, a OZ - Livraria e Cyber Café ver se achava um livro para dar de presente de Natal ou aniversário, agora não me lembro, para uma prima minha, e enquanto esperava na fila para pagar o livro dela, dei uma olhada pela loja e achei esse livro bem escondido no meio de vários best-sellers. Saí do meu lugar na fila, peguei ele e decidir dar ele de presente para mim mesma aquele ano. Como eu já queria ter a série completa, e as coisas estavam encaminhando para esse lado de tê-la em inglês, resolvi deixar a vida acontecer. Mas vamos ao que interessa.
      De longe, é a minha história preferida d'As Crônicas, principalmente porque depois de ler Entrevista com o Vampiro eu estava muito curiosa para saber o que havia acontecido com os personagens, e esse livro explica muita coisa que não fica muito clara no primeiro livro, como por exemplo, a origem do Teatro dos Vampiros, ou de como Lestat e Armand se conhecem, mas não foi só isso. Lestat de Lioncourt é um personagem cuja história você quer ouvir depois que lê o Entrevista. E, bom, esse é o livro dele. É a história dele.
      Se em Entrevista com o Vampiro temos a biografia de Louis de Point du Lac, nesse livro temos a biografia de Lestat de Lioncourt, contada por ele mesmo. Da família problemática que viveu nos últimos anos da monarquia francesa, passando por sua relação com a arte e os artistas, como Nicolas de Lenfent, talentoso violinista, seus encontros com diversos vampiros após sua transformação, como Marius, o Romano, na sua busca por saber quem ele é agora, até o encontro com Louis na Nova Orleans das plantations e sua situação presente, que no livro é no ano de 1984, tendo que lidar com todo o conhecimento adquirido até então, e consumido pelo desejo de quebrar a principal regra dos vampiros, que é não contar a nenhum humano sobre sua existência, através de uma banda de rock que tocava perto de onde ele estava morando, e também do livro que temos em mãos.
      Dentre os vários personagens, três merecem ser mencionados aqui. O primeiro deles é Gabrielle de Lioncourt, a reclusa mãe de Lestat. Uma mulher bastante reservada e inteligente, mas ao mesmo tempo, avessa aos laços humanos, preferindo levar uma vida mais solitária. É uma das pessoas com quem ele possui um forte laço afetivo, não apenas por ela ser sua mãe, mas também porque parece ser a única que realmente o entende.
      O segundo personagem é Marius, que nos chama a atenção nesse livro da mesma forma que Lestat nos chama a atenção em Entrevista com o Vampiro. Mas Marius é um pouco mais discreto. Você sabe que ele é "o cara", mas não sabe exatamente o porquê. Talvez seja porque ele viveu no auge do Império Romano, e parece ser o único vampiro que realmente sabe como viver, e também sabe de onde todos os vampiros vieram: d'Aqueles que Devem Ser Mantidos, um casal de vampiros que aparentemente veio do Antigo Egito, e que estão tão vivos quanto os outros, mas não se movem e não falam.
      O último, mas não menos importante é Nicolas de Lenfent. Um dos poucos amigos de Lestat, é o responsável indireto por sua transformação em vampiro, e cuja história apresenta uma grande e inesperada reviravolta. Além disso, temos também um retrato mais preciso de Armand, o líder do Teatro dos Vampiros, e o outro lado da história vivida entre Louis, Claudia e Lestat.
      A parte final do livro é bastante dinâmica, e te deixa mais em dúvida sobre o futuro do que o final do primeiro livro, da mesma forma que os finais de temporada de muitas séries por aí, ou mesmo o final de Vingadores: Guerra Infinita (se você ainda não viu, espere sair o Blu-Ray e assista, não vai se arrepender), o que, para mim, serviu para fechar a história com chave de ouro. Quanto ao seriado, me parece que a primeira temporada sairá d'O Vampiro Lesltat, e espero sinceramente que fique bem feita. Agora é esperar o desenrolar do seriado. Até lá, vamos lendo os livros e criando expectativas. E quem sabe o que nos espera?

sábado, 23 de junho de 2018

#Resenha - Entrevista com o Vampiro (Interview With the Vampire) - Anne Rice

      Olá, pessoal! Antes tarde do que nunca, não? Rs... Bom, peço perdão pela demora, aqueles que me conhecem sabem que nos últimos tempos minha vida andou de cabeça pra baixo, entre aulas, tradução e outros trabalhos, e a última coisa que conseguia fazer era ler um bom livro. Mas vamos ao que interessa, afinal de contas, esse é um blog sobre experiências literárias, essencialmente, então vamos ao livro de hoje: Entrevista com o Vampiro, de Anne Rice, autora americana que também escreveu a série de livros "A Vida dos Bruxos Mayfair", "Cristo Senhor"(série romanceada sobre a vida de Cristo), "Bela Adormecida" (uma série erótica-quase-pornográfica, diga-se de passagem), "Songs of the Seraphim"(Um homem que viaja no tempo em busca de redenção, guiado por um anjo) e "The Wolf Gift Chronicles"(Lobisomens). O plano era conseguir ler em janeiro, mas acabou não dando certo, como devem ter visto na página d'O Café no Facebook.
      "Mas histórias de vampiros? Mas não tem a ver com bruxaria, coisa das trevas, magia, essas coisas? Cristão pode ler essas coisas?" Dá uma lidinha nisso aqui, nisso, nisso, e principalmente isso aqui e isso aqui, antes de vir com esse pensamento pra cima de mim, OK? Uma coisa é 50 tons de cinza, Marquês de Sade e Aleister Crowley. Outra completamente diferente é a presença de seres sobrenaturais na literatura, e o fato de eles servirem de pano de fundo para outras coisas, como por exemplo, explorar as diversas facetas humanas. Dito isto, vamos à resenha.
      Escrito em 1979 por Anne Rice, "Entrevista com o Vampiro" é o primeiro de uma série de livros denominada "Crônicas Vampirescas" - livros esses que terão suas devidas resenhas a seu devido tempo - e foi adaptado para o cinema em 1994, tendo Brad Pitt, Tom Cruise, Kirsten Dunst, Antonio Banderas e Christian Slater nos papeis principais. No Brasil, o livro foi traduzido, não me lembro quando, por ninguém mais, ninguém menos, que Clarice Lispector, um dos maiores nomes da literatura brasileira.
      Podem me chamar de poser, mas a tradução de Clarice - que li em 2010, se não me engano, e faltando páginas no final - é o mais próximo que já li de um trabalho dela até hoje, e devo dizer que gostei muito. Pretendo ler outros trabalhos dela, só esperando tirar os trocentos e tantos outros livros que ainda estão me esperando.
      Sobre o livro, foi a adaptação para o cinema que realmente me despertou para os livros - que eram um inferno de achar até então, já que a Rocco, a editora que os publica no Brasil, estava relançando essa e outras séries da autora com novas capas -, porque até então o único livro sobre vampiros que eu conhecia era Drácula (que ainda é um dos meus preferidos), e Crepúsculo, que, apesar de estar em alta naquela época, definitivamente não fez, não faz, nem nunca fará meu estilo (acreditem, não consegui chegar ao final do primeiro capítulo do primeiro livro, em todas as vezes que tentei ler). A estética e a temática do Entrevista me chamaram muito a atenção, então fui atrás do livro e o encontrei na seção mais negligenciada da Biblioteca Pública (não, PDF não era a opção mais viável até então).
       Desde então, já li a história três vezes - sendo duas em inglês - , e apesar de não ser exatamente a minha preferida da série, ainda sim é uma boa história. Acredito que tenha sido a primeira história de vampiros a contar a história sob a perspectiva de um vampiro, sem necessariamente colocá-lo como vilão. Louis de Point du Lac é um personagem que, apesar de não ser tão "exuberante" como Lestat de Lioncourt - seu antagonista na trama -, consegue prender a sua atenção, te conquista, por assim dizer, te fazendo sentir suas dores, medos e alegrias (que são poucas, mas são alegrias). Seu relato se encaixa de forma assustadora nos relatos de pessoas com depressão (e se levarmos em consideração que Entrevista com o Vampiro foi a forma que Anne Rice encontrou de lidar com o luto pela perda de sua filha pequena para a leucemia, faz bastante sentido que seu protagonista tenha uma espécie de flerte com a depressão), e acredito que seu maior mérito nesse sentido é não colocar a depressão como algo "estético", como muitos fazem, mas como algo pesado, um fardo que somente quem vive - ou convive - com tem ideia de como é. O fato de que os outros personagens na maioria das vezes parecerem não entendê-lo, com exceção de Cláudia, a criança que ele e Lestat transformam em vampiro, e que apesar de envelhecer, é eternamente uma criança (o que praticamente a enlouquece),  também ilustra bem como o depressivo se sente.
       Quanto à Lestat de Lioncourt, o antagonista na trama, parece ser mais do que aparenta. Mesmo que Louis o descreva como um vilão, é importante nos lembrarmos de que esse é um relato em primeira pessoa, portanto, bastante subjetivo, e que Louis e Lestat tem sérias divergências sobre inúmeros assuntos ao longo da trama. E dada a complexidade dos personagens presentes no livro, não se pode dizer que existam vilões e mocinhos na trama de Anne Rice, assim como na vida real, onde podemos ser heróis e vilões ao mesmo tempo. Lestat parece ser mais do que aparenta, porque o pouco que se sabe dele é conhecido através de Louis e Armand, o líder do "Teatro dos Vampiros" (sim, você deve ter se lembrado do Legião, e eu acredito que Renato Russo leu esse livro também),  um vampiro com uns bons séculos de vida, e a aparência de um adolescente andrógino de 17 anos de idade, que é sem dúvida um dos personagens mais enigmáticos da trama, pois nunca se sabe exatamente o que ele quer de quem.
      Por fim, temos o repórter Daniel Molloy, que é o único personagem realmente de fora da trama, assim como o leitor. Ele é apenas um repórter que encontra Louis de Point du Lac em um bar e, descrente quanto à afirmativa deste de que era um vampiro, resolve tirar a prova dos nove. Ele está apenas ouvindo a história, e quer fazer parte dela. Quer ser parte do mundo dos bebedores de sangue, apesar de tudo o que Louis lhe conta. Não se sabe se ele eventualmente consegue, mas certamente ele está tentado, assim como muitos de nós poderíamos nos sentir tentados em seu lugar. Por que não? Coisas muito menores nos tentam, não é mesmo?
      Bom, quanto ao livro x filme, o filme é bom, mas depois que você lê o livro e tenta ver o filme, o sentimento de "Que porcaria é essa?" parece assistir o filme com você. Dentre outros motivos, temos Antonio Banderas, no auge de seus 30 anos, mais masculino impossível, interpretando um vampiro andrógino de 17 anos (porque Tom Cruise aos 30, interpretando Lestat, que tem uns 20, ainda passa). Ele capturou muito bem a essência de Armand, mas sinceramente, não dá. Parece que o filho de Anne Rice está trabalhando em um seriado baseado nas Crônicas Vampirescas (que eu acho mais difícil de sair do que eu de me casar), e espero sinceramente que achem um elenco mais próximo das descrições que a mãe dele fez dos personagens. Se bem que pra mim, Lestat de Lioncourt é Robert Plant na época do Led I, Armand, Jimmy Page nessa mesma época, Louis de Point du Lac, Brad Pitt no filme, e Daniel Molloy, Christian Slater no filme... Mas vou assistir o seriado mesmo assim, ainda que seja pra reclamar que "isso não tava no livro", e pegar um monte de vírus no PC, já que até a Netflix adicionar no catálogo, eu provavelmente já terei pelo menos uns dois filhos, e olha que acho difícil eu me casar!
      Mas e vocês? Já leram o livro, ou viram o filme? Qual a opinião de vocês? Qual - ou quais - vampiro literário é o seu preferido? Conta nos comentários!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

#Resenha - YouCat: Update! Confissão - Vários autores #Catholicpost

E a pilha de livros pra ler tá lá...

       Oi pessoal! Como estão vocês? Bom, eu estou só na correria esse fim de ano, mas conforme prometido no último post, eis a resenha do livro YouCat: Update! Confissão.
         Enquanto estava dando uma olhada no meu painel do Blogger, acabei vendo que tinha deixado "pendurada" no começo do ano uma resenha sobre esse livro, que chegou pra mim no final do ano passado, juntamente com o DoCat: A Doutrina Social da Igreja para os jovens (vai ter resenha dele por aqui também, mas não por agora), mas como isso aconteceu junto com os últimos acertos do meu TCC (que se a faculdade tiver disponibilizado em sua biblioteca virtual eu dou uma atualizada aqui com o link), achei que daria mais certo ler e escrever sobre ele no começo desse ano. Como vocês devem ter notado, acabou que esse ano não escrevi absolutamente nada, apesar de ter terminado esse livro. Esse ano aliás, deve ter sido o ano em que eu mais interrompi leituras por motivos fúteis de todos os tempos, e foram tantas que até perdi a conta de quantas eram. Estou começando a repensar minha postura sobre a meta de leitura do Skoob e adotá-la ano que vem, porque me parece que vou precisar se quiser fazer um detox digital... Mas chega de enrolação, e vamos à resenha.
         Para início de conversa, eu tenho o YouCat também, e como achei a proposta interessante, procurei os outros livros dessa mesma linha, e esse pequeno - tanto em tamanho, quanto em quantidade de páginas, que são 86 - livro sobre a Confissão foi um dos primeiros que consegui comprar. E digamos que foi uma compra que valeu a pena. Não só por causa do conteúdo, mas também pela edição primorosa - característica da chamada "Família YouCat" - que apresenta capa firme e uma parte visual bem agradável, com ilustrações e fotos. Mas a primeira pergunta é: O que é a Confissão? Por que um livro sobre ela? E por que um livro que fala sobre Confissão tem a palavra "Update" junto? O que uma coisa tem a ver com a outra?
           A Confissão, para aqueles que não conhecem o Catolicismo, não é apenas um "contar para alguém tão falível quanto eu os meus erros e  pedir que essa pessoa me perdoe em nome de Deus". A Confissão é um sacramento, isto é, um sinal deixado por Cristo para que nos voltemos à Ele. O da Confissão, assim como os demais, possui embasamento bíblico, mais precisamente as passagens de João, Capítulo 20, versículo 23, e principalmente a de Mateus, Capítulo 16, versículos 18 e 19. Isto porque nestas duas passagens Cristo dá aos seus apóstolos, isto é, seus sucessores, o poder de perdoar os pecados. E como vemos em Atos dos Apóstolos, fez-se necessário que os apóstolos designassem pessoas, tal como Cristo os designara, para cumprir suas funções onde eles não pudessem estar (e da mesma forma, pessoas para substituí-los após sua morte), sendo que dentre estas funções está justamente a de perdoar os pecados. E como bem sabemos, da mesma forma que você não pode perdoar uma ofensa que não conhece, os apóstolos e seus sucessores não podem perdoar os pecados sem que estes não fossem conhecidos, que é de onde surgiu a Confissão que, por motivos óbvios, é algo entre quem está confessando e quem está ouvindo a Confissão. O padre é falível? Sim, tanto quanto você. Mas se formos traçar a origem da autoridade que foi conferida àquele padre para isso - e que não foi conferida à você que está lendo esta postagem, a menos que você também seja padre -, com toda a certeza chegaremos a pelo menos um dos Doze, que recebeu esta mesma autoridade de ninguém mais ninguém menos que o próprio Cristo #dealwithit
          O livro em si não fala apenas sobre o que é a Confissão - que, em linhas gerais, é um recomeço em nossa relação com Deus quando, por descuido, ou por orgulho, ou por qualquer outro motivo, estragamos essa relação, por isso a associação com Update, que significa atualizar - mas também conta sobre seus efeitos, como funciona, e como fazer uma boa confissão. É interessante também o fato de que acompanha um guia para fazer um bom exame de consciência e orações para nos auxiliar na Confissão, coisa que muitos de nós católicos simplesmente desconhecemos (alô catequistas!) e que, digo por experiência própria, são muito úteis. Além disso, há algumas histórias no mínimo interessantes envolvendo este sacramento, como por exemplo, a existência das chamadas Night Fevers (que apesar de poderem ser traduzidas como "Noites da Febre", estão mais para "Noites de Fé"), onde, dentre outras coisas, há a presença de padres atendendo confissões, e, pasemem (ou não), esse é um evento de jovens, bem como orientações para que possamos avaliar nossa relação com Deus e onde estamos errando e acertando nela, e de forma geral, este livro cumpre seu propósito de orientação, além de nos trazer bastante esperança.
          Sobre o "porquê de se fazer um livro sobre a Confissão", acredito que seja necessário porque este assunto, de forma geral, gera bastante dúvida tanto nos católicos quanto nos não-católicos, e para os primeiros, estas dúvidas geram grandes saias justas, pois se até um advogado precisa conhecer seu cliente para defendê-lo, como um católico vai defender sua fé se não a conhece? Ou pior: como um católico vai ser católico se não conhece sua própria fé? E bem sabemos que há padres e catequistas bastante descuidados nesses assuntos, infelizmente. Portanto, um livro sobre este sacramento é de vital importância para nós, católicos, porque nos possibilita conhecermos nossa fé e sabermos o que raios estamos fazendo neste mundo. Virou um livro de cabeceira meu, e acredito sinceramente que se tornará o seu também após a leitura.
         Um abraço, e até mais!


P.S.: Se alguém de vocês já foi em uma Night Fever, por gentileza compartilhe a experiência! Será bastante interessante para aqueles que, como eu, se interessam.